A investigação policial em Quirinópolis chegou a uma conclusão sombria: a morte de Gustavo Emanuel, um bebê de um ano, vítima de tortura perpetrada pela própria mãe e seu padrasto. Após apenas dois meses de convivência, o casal está agora sob custódia, enfrentando acusações graves pelo crime que chocou a todos na cidade.

A delegada Simone Casemiro liderou uma extensa investigação, ouvindo testemunhas-chave, incluindo conselheiras tutelares, funcionários do CMEI local, familiares dos envolvidos e pessoas que frequentavam a residência do casal, onde as torturas aconteciam.

As evidências sugerem que Gustavo pode ter sido submetido a tortura por até 45 dias. Os sinais de abuso surgiram quando a criança foi levada ao CMEI com 12 mordidas visíveis em seu corpo. Embora a mãe tenha sido orientada a relatar o incidente ao Conselho Tutelar, ela optou por não fazê-lo. O conhecimento do caso só veio à tona quando Gustavo foi hospitalizado em estado crítico, após ter sido levado ao hospital municipal em 8 de abril e transferido para Goiânia, onde infelizmente veio a falecer dois dias depois.

Apesar das evidências médicas contundentes e dos relatos perturbadores dos médicos legistas, tanto a mãe quanto o padrasto negam qualquer envolvimento no crime. No entanto, as versões dos acontecimentos apresentadas pela mãe variaram, inicialmente culpando o irmão mais velho da criança, mas depois atribuindo as agressões ao padrasto. A frieza demonstrada pela mãe, inclusive após a morte de Gustavo, é desconcertante.

Os laudos médicos revelam uma série de lesões, incluindo fraturas, traumatismo craniano, mordidas e queimaduras de cigarro, todas consistentes com um padrão de abuso físico prolongado. Essas descobertas fornecem uma base sólida para os indiciamentos da mãe e do padrasto por tortura qualificada pela morte, crimes que podem resultar em penas de 8 a 16 anos de prisão, com a possibilidade de agravamento devido à idade vulnerável da vítima.

 

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