Danilo Gleic Alves dos Santos, que atuou como prefeito de Iporá entre 2013 e 2017, é um dos investigados do Ministério Público de Goiás (MPGO) sobre uma possível rede de apoio à Naçoitan Leite no período em que ele esteve em fuga da polícia por suspeita de tentar matar a ex-esposa e o namorado dela a tiros. Naçoitan, que era o atual gestor de Iporá, foi afastado do cargo por conta do caso.

A defesa de Naçoitan disse que nunca existiu nenhuma rede de apoio ao prefeito afastado. “Esse crime só se consuma se o crime atribuído ao autor principal se confirmar, ou seja, somente depois de uma sentença penal condenatória transitada em julgado”, disse o advogado Francisco Silva.

Segundo o MPGO, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa de Gleic, nesta quinta-feira (25). Houve a apreensão de documentos que o ligam a Naçoitan, inclusive, o passaporte do prefeito afastado, além da quantia de R$ 8,5 mil em espécie, que estavam guardados debaixo de um colchão.

Durante as buscas, também foram encontradas munições de arma de fogo. Em razão disso, Gleic foi preso em flagrante por posse ilegal de munição.

“Não havia mandado de prisão expedido nesta operação, mas, durante as buscas, foram encontradas munições de arma de fogo na casa de Danilo. Ou seja, a prisão não foi decorrente da operação”, reforçou o MPGO.

Ao g1, a defesa de Danilo Gleic disse que ele já foi liberado, pois pagou fiança. Sobre a suposta rede de apoio à Naçoitan, o advogado Victor Hugo Ribeiro disse que, como o caso tramita em sigilo, a defesa não vai se manifestar sobre isso.

Gleic é suspeito de ajudar Naçoitan enquanto ele estava foragido da polícia. Quando Naçoitan foi preso, ele foi nomeado gestor do município, por meio de um decreto considerado ilegal, que logo foi derrubado. Atualmente, a cidade de Iporá está sob administração de Maysa Cunha, que era vice-prefeita de Naçoitan.

Em novembro do ano passado, ao comentar sobre a operação, o promotor de Justiça Luiz Gustavo Soares Alves disse que também serão investigadas possíveis negociações da prisão de Naçoitan entre a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e a defesa do prefeito.

“O Ministério Público não sabe qual foi o objetivo dessa negociação, porque havia um mandado de prisão vigente e o que deveria ser feito era cumpri-lo. Não parece ao MP um procedimento padrão”, explicou o promotor à TV Anhanguera.

Nesta quinta (25), o MP reforçou que Gleic não é o único investigado na operação da rede de apoio, mas, como o processo tramita sob sigilo, não podem ser repassadas mais informações.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás afirmou que acompanha o caso por meio da Polícia Civil de Goiás e que está à disposição do Ministério Público.

Fonte: G1

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