Euler Belém lembra do dia em que se despediu do DM e de Batista:

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Euler trabalhou no Diário da Manhã entre 1987 e 1993, ao lado de outros símbolos dessa geração de jornalistas em Goiás

Hoje editor-chefe do Jornal Opção, o jornalista Euler Belém afirma que aprendeu com Batista Custódio, fundador do Diário da Manhã, a ser mais incisivo nos seus textos. Euler trabalhou no DM entre 1987 e 1993. Ele dividiu a redação com outros símbolos dessa geração em Goiás, como Ferreira Júnior, Gilson Cavalcante, Deusmar Barreto e João Bosco Bittencourt, e conta que chorou no dia em que deixou o DM para trabalhar no Opção.

“Cheguei ao Diário da Manhã em 1987, levado pelo poeta Valdivino Braz. Era formado em História (UCG), havia cursado Filosofia (UFG, não me formei) e cursava Jornalismo na UFG. Comecei a trabalhar na área de economia, com o editor Gilson Cavalcante”, lembra Euler. “Em 1987, Washington Novaes me convidou para fazer reportagens para um caderno-livro sobre a Ferrovia Norte-Sul. Em seguida, voltei à redação. Trabalhei com João Bosco Bittencourt e Deusmar Barreto — até hoje, amigos queridos”.

Os conselhos de Batista Custódio marcaram o jornalista. “aprendi a ser mais incisivo, a dotar as frases de mais vigor. Ele me incentivou a escrever artigos. Dizia: ‘Coloque toda sua cultura nos textos que escreve. Porque a cultura livresca, sem uso no cotidiano, não serve para nada, exceto como adorno’”, completou.

Euler foi editor-executivo do DM durante anos, sempre acompanhado do amigo e assistente Ferreira Júnior, a quem ele chama de “jornalista-Google”. “Batista Custódio era uma força da natureza — um criador de jornais. Tinha uma energia fabulosa e contagiante. Quando me despedi de Batista Custódio, em agosto de 1993 — quando fui para o Jornal Opção, convidado por Herbert de Moraes Ribeiro —, nós dois choramos”.

Falecimento

Batista faleceu na manhã desta sexta-feira (24/11) no Hospital São Francisco, vítima de complicações decorrentes de um câncer no pulmão. Ele foi internado no último dia 3 deste mês para tratar uma pneumonia e de lá não saiu.

Ele deixa seis filhos e cinco netos, além de uma trajetória marcada pela fundação do jornal Cinco de Março que precedeu o Diário da Manhã. O horário e local do velório ainda não foram divulgados. De acordo com Júlio Nasser, o enterro deverá ocorrer no cemitério Jardim das Palmeiras.

Em evento realizado em Abadia de Goiás, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) decretou luto oficial de três dias. “Contribuiu com a história de Goiás. Um dos homens mais cultos que eu conheci. Foi uma referência no jornalismo brasileiro e respeitado nacionalmente pelo conteúdo e preparo intelectual de suas matérias”, destacou durante o discurso.

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