Ilhas paradisíacas no Oceano Pacífico, como Tuvalu, correm o risco de se tornarem um dos primeiros lugares a desaparecer devido às mudanças climáticas. Localizado no sul da Oceania, Tuvalu enfrenta a iminência de ser engolido pela água, já que o ponto mais alto do país está apenas a cinco metros acima do nível do mar. Nas próximas décadas, a região enfrenta a ameaça real de ser submersa.

Segundo alerta da ONU, alguns países e cidades litorâneas correm o risco de desaparecer. Em menos de 30 anos, cidades costeiras como Rio de Janeiro e Santos, além de Guayaquil, no Equador, Ilhas Marshall, no Pacífico, e Sydney, na Austrália, estarão expostas a um risco elevado de inundações e, caso as emissões de gases de efeito estufa continuem nos níveis atuais, poderão ser totalmente engolidas pelo mar daqui alguns anos.

O projeto Human Climate Horizons, respaldado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), emitiu um alerta crítico às vésperas da COP28, conferência climática da ONU em Dubai. Os pesquisadores enfatizam que os impactos nas regiões litorâneas, muitas vezes centros socioeconômicos vitais, têm o potencial de desencadear retrocessos significativos no desenvolvimento humano global.

Tuvalu, que possui cerca de 11 mil habitantes, é uma das regiões mais afetadas. Com isso, o governo do país busca o título de “primeira nação digital do mundo”: A ideia é digitalizar desde a configuração física das ilhas até as danças tradicionais dos moradores para que, digitalmente, a população possa inclusive participar de eleições.

Com o anúncio do possível engolimento, no final de 2022, o governo anunciou que iria “transferir” o país para o metaverso. “À medida que a nossa terra desaparece, não temos outra escolha além de nos tornar a primeira nação digital do mundo. Nossa terra, nosso oceano e nossa cultura são os bens mais preciosos de nosso povo. Para mantê-los protegidos de danos, não importa o que aconteça no mundo físico, iremos movê-los para a nuvem”, disse o presidente Simon Kofe.

Ele disse ainda que o país mapeou tridimensionalmente as 124 ilhas e ilhotas que compõem o território; está criando um passaporte digital para que as pessoas possam continuar casando ou participando de eleições de forma on-line e também investiu na infraestrutura nacional de comunicações.

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