Com apenas 4 meses de vida, Rebeca Emanuelly Rodrigues de Sousa espera por uma transferência via Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar uma suspeita de tumor na barriga. O caso é considerado delicado pelos médicos por envolver uma criança muito pequena e jovem.

Segundo a família, a massa no abdômen da bebê faz com que a barriga dela fique muito maior que o normal, causando dores e comprimindo os órgãos.

“Eu como mãe estou abalada, pois diante de um caso desse a gente teme que fique cada vez mais grave, que essa massa cresça mais e minha filha piore”, diz Cleidielle Rodrigues de Sousa, aflita.

Desde que nasceu, em dezembro de 2023, Rebeca faz exames e passa por consultas para entender o caso com médicos da operadora Hapvida, onde tem plano de saúde. Mas até hoje não se tem certeza se o caso dela é mesmo um tumor. Cleidielle diz que sempre estranhou o fato da filha ter a barriga muito dura e quente, e que inicialmente, os médicos a desacreditavam da gravidade da situação.

Fora isso, a mãe também reclama que o plano de saúde se negou em diversos momentos a realizar exames na menina por conta do período de carência – quando o beneficiário precisa esperar para poder utilizar os serviços que constam na cobertura do plano. Desesperada, ela decidiu procurar atendimento na rede pública de saúde.

“Levei ela várias vezes em consulta e os médicos falavam que era só gases e nem passava exames pra minha filha. Foi necessário trazer minha filha para o SUS, porque eles negaram atendimento a ela”, reclama.

O g1 entrou em contato com a Hapvida para entender que tipo de atendimento foi oferecido à bebê antes dela ser internada na rede pública, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem

Internação

Rebeca está internada no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia, desde sexta-feira (19).

Em nota, a unidade disse que a menina deu entrada com tumoração abdominal e foi avaliada por pediatras e cirurgiões pediátricos, passou por exames laboratoriais e de imagem e está sendo acompanhada 24 horas. Mas o caso é delicado, por se tratar de uma bebê ainda muito jovem e pequena.

O hospital também confirmou já ter feito todas as tratativas necessárias para o processo de Tratamento Fora do Domicílio (TFD) da criança, que aguarda vaga em um centro oncológico de referência adequado para o caso.

Ao g1, o Complexo Regulador Estadual confirmou ter enviado o pedido para a Secretaria de Saúde de Goiânia, que é referência em oncologia pediátrica na rede SUS em Goiás. Disse também que uma consulta foi agendada para dia 29 de abril, próxima segunda-feira, no Hospital Araújo Jorge.

A família torce para que a consulta dê resultados positivos à saúde de Rebeca. A bebê precisa passar por um procedimento que vai coletar a massa abdominal dela e, em seguida, encaminhá-la para biópsia. Assim, os médicos vão confirmar se a massa é tumor maligno ou benigno. E, a partir dessa constatação, Rebeca deverá receber um tratamento adequado.

“Ela sente dor na barriga e, como a massa já está grande, incomoda bastante, tanto que ela só fica curvada para trás”, diz a mãe.

Fonte: G1

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