A bordo do maior navio de guerra do Brasil, o navio aeródromo mutipropósito A-140 (NAM Atlântico), o deputado goiano, médico e membro da Marinha brasileira, Ismael Alexandrino (PSD) deve atracar no Rio Grande do Sul, junto a outros marinhos, na próxima sexta-feira, 10. O navio vai cruzar 1.400 km via mar, saindo da Baia de Guanabara, com destino ao município de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

“Serão dois dias de translado e o navio vai ficar atracado na Cidade de Rio Grande para dar o suporte para os demais navios e operações menores. É um navio muito grande, carregado com toneladas de água, alimentos, combustíveis e remédios”, disse o deputado ao Jornal Opção.

Ismael considera a missão como “desafiadora e gratificante” e reforça a importância que as doações tiveram para a ajuda humanitária. “O que estamos levando é fruto de doação das pessoas, de empresas e organizações. É uma missão desafiadora e gratificante, é minha formação, atuei como médico na Marinha, atuei no Samu e minha área de especialidade é com terapia intensa, ou seja, pacientes críticos”, relata.

Como será a missão

Além do apoio logístico a outras embarcações que estão atuando nas missões de resgate no Rio Grande do Sul, o A-140 possui um dos maiores complexos médicos entre os navios da Marinha e pode funcionar como hospital de campanha.

Navios da Força como o Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico”, o Navio de Apoio Oceânico “Mearim”, o Navio-Patrulha Oceânico “Amazonas”, o Navio-Patrulha “Babitonga” e a Fragata “Defensora” estão se deslocando para o local, levando água potável, alimentos, material de higiene pessoal e limpeza, roupas e outras doações para apoiar a população do Rio Grande do Sul.

O navio está transportando duas estações móveis para tratamento de água, capazes de produzir um total de 20 mil litros de água potável por hora. O NAM “Atlântico” também está transportando viaturas, embarcações, fuzileiros navais, equipes de saúde formadas por médicos e enfermeiros da Força.

Sobre o caso

Chuvas torrenciais atingiram o Estado do Rio Grande do Sul desde o início do mês, provocando uma série de enchentes em vários rios e localidades. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou para 100 o número de mortos em decorrência dos temporais. O estado registra 128 desaparecidos e 372 feridos. Há 230,4 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 66,7 mil em abrigos e 163,7 mil desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos).

A região sul do País tem sido castigada pela natureza nos últimos anos, entretanto, a enchente deste ano já é considerada a maior, desde o desastre atmosférico ocorrido em 1941. As fortes precipitações arrasaram boa parte do Estado, segundo informações divulgadas pela própria Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil.

Dados para doação:

O governo gaúcho reativou o canal de doações para a conta SOS Rio Grande do Sul. Foi restabelecida a chave pix do CNPJ 92.958.800/0001-38, a mesma utilizada no ano passado, vinculada à conta bancária aberta pelo Banrisul. Os recursos serão integralmente revertidos para o apoio humanitário a vítimas das enchentes e para a reconstrução da infraestrutura dos municípios.

Com o canal oficial de doações, o governo centraliza a ajuda financeira, fornece segurança aos doadores e amplia a transparência da alocação do dinheiro, uma vez que a movimentação dos recursos passará por auditoria e fiscalização do poder público.

Pix para a conta SOS Rio Grande do Sul
CNPJ: 92.958.800/0001-38
Associação dos Bancos No Estado do Rio Grande do Sul ou Banco do Estado do Rio Grande do Sul (as duas opções podem aparecer)

 

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