O governador Ronaldo Caiado (UB) recebeu na manhã desta quarta-feira, 8, representantes da província de Hebei, da China, juntamente com entidades do setor produtivo, com o objetivo de fortalecer os laços comerciais entre Goiás e a nação asiática, com foco especial na área agrícola.

Durante os três dias de estadia, a comitiva, liderada pelo vice-governador Mr. Shi Qingshuang, realizará visitas a empresas do setor agrícola.

Em 2023, a China emergiu como o principal parceiro comercial de Goiás, absorvendo 51,29% das exportações no acumulado do ano, conforme dados da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC).

“Eles vieram com uma comitiva grande de empresários que vão se estabelecer inicialmente para um plantio de cana de açúcar para produzir um açúcar especial. Além disso, estão aqui empresários da produção de luvas cirúrgicas e outras áreas. Esse processo foi iniciado desde a nossa viagem e já temos esse resultado hoje na cidade de Itumbiara, com a Weichai já instalada. Agora, essas empresas também estão vindo em um curto espaço de tempo para se instalarem”, afirmou Caiado.

Ainda segundo o governador, o objetivo da parceria vai além de vender as commodities produzidas em Goiás, mas verticalizar o produto no Estado, fortalecendo a industrialização e agregando valor.

“Eles estão produzindo aqui a cana para poder transformá-la em um tipo de açúcar que eles utilizam. Então, o preparo também será feito em Goiânia, industrializando aqui. A intenção é investir na indústria de transformação. O que eu mais tento aproximar o Brasil da China é para que a gente possa absorver tecnologia, que a gente possa cada vez mais avançar naquilo que eles destacaram no mundo todo e que superaram muitos países no mundo em um curto espaço de tempo”, pontuou.

O presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), Francisco Júnior, explicou que, após conhecerem o Estado e suas áreas, haverá rodadas de negociação entre os chineses para saber quem de fato virá.

“As empresas vêm conhecer o potencial do Estado, o ramo específico de cada uma nós ainda não sabemos, então nós propomos para eles fazerem algumas rodadas de negociação ao longo do ano. A Codego vai promover e nós vamos convidá-los. Depois, cada empresa poderá vir com seu perfil específico para podermos fazer algo personalizado”, disse.

No entanto, independente disso, Francisco Júnior destacou que, naturalmente, o ramo é o agronegócio, energia e montagem de automóveis.

“Eles têm interesse na produção de milho, na produção de soja não transgênica, porque há um mercado. A maioria que se planta em Goiás é transgênica, porque é justamente para atender esse mercado. Mas, hoje também há um mercado consumidor para a soja não transgênica. Então, o Estado produzirá de acordo com o cliente e o mercado”, continuou.

Segundo o titular da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), Joel Sant’Anna Braga, apesar de serem ainda sondagens, ou seja, ainda não há nada de concreto, existem dois casos que já são realidade.

“Por conta de resultados da visita de novembro, temos aqui uma empresa que já está distribuindo luvas cirúrgicas pelo estado de Goiás e também quer implantar uma indústria de luvas cirúrgicas. Então, ela veio aqui também para conversar sobre essa implantação”, explicou.

“Nós sabemos que são empresas que vieram para somar. A TV chinesa vai vir para Goiás e vai fazer uma série de quatro programas sobre o estado de Goiás, a industrialização e o agronegócio. Também tem uma outra grande empresa que veio aqui há uma semana, que produz aminoácidos para a alimentação, e quer se instalar em Goiás”, finalizou.

 

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