Símbolo do DM, Welliton Carlos lamenta que Batista não tenha

Cozinhou
<!– –>

Jornalista, que é um dos mais identificados com o Diário da Manhã, lembra que Batista Custódio era dono de vasta cultura

O jornalista Welliton Carlos, que é um dos profissionais da imprensa que mais se identificam com o Diário da Manhãlamenta que o fundador do períodico, Batista Custódio, não tenha se valido de sua vasta cultura para “se aventurar na literatura”. Batista morreu nesta sexta-feira, aos 88 anos, vítima de complicações de um câncer no pulmão.

“Diante vasta cultura, deveria ter se aventurado com paixão na literatura”, afirma Welliton. “Apaixonado em literatura, ópera e na prática da escrita, inspirou a todos. Não é à toa suas grandes marcas, como criar um caderno diário com dez páginas standard que permitia a todos – antes da popularização das redes sociais – publicarem suas opiniões”.

O jornalista (irmão de outro funcionário histórico do DM, Ulisses Aesse) também conta como era o relacionamento com Batista Custódio nos últimos anos de vida do fundador do DM.

“Nos últimos anos, sua lucidez e responsabilidade me surpreenderam como profissional. Longe da Redação, para cuidar de sua saúde, sempre ao fim do dia, por telefone, decidia títulos, manchetes, angulações e sugeria abordagens como um homem a mais no front, lutando contra fake news, desprestígio dos comunicadores frente aos governos autoritários e violências institucionais contra minorias. Jamais deixou de orientar seu filho, Júlio Nasser, que sempre esteve ao seu lado na quixotesca tarefa de enfrentar as adversidades de imprimir e distribuir jornais. Como jornalista, o que ele mais nos ensinou: se informar sempre e ter humildade. Ao longo dos 88 anos, ele compreendia praticamente tudo das novas tecnologias – como funciona uma IA, PIX, apps de edição, games, redes sociais, telemedicina, etc. E o que não compreende costuma dizer: ‘Confio em vocês para abordarem isso’”.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui