De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a previsão para a área plantada de milho segunda safra e sorgo em Goiás indica pouca variação para este ano, porém com uma redução de 0,8% na produtividade. A previsão ocorre em um contexto onde a estimativa para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas no estado é 7,5% menor do que a do ano anterior. Apesar dessas projeções, é importante notar que Goiás ainda mantém relevância nacional como o quarto maior produtor de grãos do país.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de março estima que a área plantada de milho 2ª safra em Goiás é de 1,92 milhão de hectares, valor 0,6% menor do que a da safra 2023
(1,93 milhão de hectares). Já a previsão da área a ser colhida do sorgo é de 406,4 mil hectares, aumento de 1,5% em relação à área de 2023 (400,4 mil hectares). Embora a expectativa atual seja de pequenas variações nas áreas, espera-se quedas nas produções dos dois grãos.

Para o milho segunda safra, a estimativa é de uma redução de 3,2% na produção, enquanto para o sorgo a redução estimada é de 11,3%. Essas quedas nas produções são explicadas pela previsão da diminuição do rendimento médio dos produtos. A produtividade esperada para o milho segunda safra em 2024 é de 6,3 ton/ha, o que representa uma quantidade 2,6% inferior à safra anterior. Já a expectativa para o sorgo é de um rendimento médio 12,6% inferior, caindo de 3,5 ton/ha em 2023 para 3,1 ton/ha em 2024.

Em março, a produção goiana de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2024 deve totalizar 30,45 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 7,5% em relação à obtida em 2023 (32,91 milhões de toneladas), com uma diminuição de 2,5 milhões de toneladas. No entanto, essa estimativa é 0,52% acima da informada em fevereiro, com um acréscimo de 156,4 mil toneladas. A área a ser colhida é de 7,25 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 0,9% em relação à área plantada em 2023, com um aumento de 62,5 mil hectares, e uma redução de 0,38% (27,8 mil hectares) em relação à previsão de fevereiro.

O milho, o sorgo e a soja, os três principais produtos, somados, representam 97,8% da estimativa da produção e respondem por 96,7% da área a ser colhida. Em relação a 2023, essas culturas apresentam uma estimativa de queda na produção de 3,9%, 11,3% e 10,1%, respectivamente. Já em relação à área plantada, houve uma queda de 0,7% na área de milho, e pequenos acréscimos nas áreas de sorgo (1,5%) e de soja (1,8%).

Goiás é o quarto maior produtor de grãos do país

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 28,2%, seguido pelo Paraná (13,7%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (10,2%), Mato Grosso do Sul (8,4%) e Minas Gerais (5,7%), que, somados, representaram 79,5% do total. Com relação às participações regionais,
tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (47,0%), Sul (29,2%), Sudeste (9,4%), Nordeste (8,7%) e Norte (5,7%).

Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 140,2 milhões de toneladas (47,0%); Sul, 87,3 milhões de toneladas (29,2%); Sudeste, 28,0 milhões de toneladas (9,4%); Nordeste, 25,8 milhões de toneladas (8,7%) e
Norte, 17,1 milhões de toneladas (5,7%).

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