Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (8) em Fortaleza, no Ceará, mais uma pessoa suspeita de prestar apoio aos dois fugitivos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

A prisão ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pela 8ª Vara federal de Mossoró. No total, desde o início das buscas pelos detentos, sete pessoas já foram presas —seis delas por suspeita de ajudar os criminosos e outra, irmão de um dos fugitivos, por ter mandado de prisão em aberto.

Além disso, já ocorreu a realização de buscas em Mossoró, Baraúna (RN), Aquiraz (CE) e Quixeré (CE).

Investigadores apontam que os dois detentos que escaparam da penitenciária federal de Mossoró foram mantidos por membros do Comando Vermelho do Rio de Janeiro durante a fuga fora da penitenciária.

Segundo investigadores, o CV do Acre, por outro lado, rompeu com os dois detentos —que foram jurados de morte por parte de Railan Silva dos Santos e Selmir da Silva Almeida Melo, principais lideranças da facção no estado.

A ameaça de morte foi desencadeada por uma suposta traição dos dois fugitivos, Rogério da Silva Mendonça, 36, também conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, apelidado de Deisinho ou Tatu. A intenção deles seria assassinar Santos e Melo, mas o plano não teria tido sucesso.

O CV não possui hierarquia e é classificado pelas autoridades como de mais difícil monitoramento por não ser tão organizado quanto o PCC (Primeiro Comando da Capital) —nascido na Casa de Custódia de Taubaté (São Paulo), em 1993—, que tem contabilidade de faccionados e até de armas.

Como a Folha revelou em dezembro, levantamento inédito feito pelo Ministério da Justiça mostra que as duas maiores facções do país têm atuado em 24 estados e no Distrito Federal, com um crescimento mais acentuado do CV.

A busca pelos dois detentos completa 24 dias nesta sexta-feira e já supera o tempo de procura por Lázaro Barbosa, cuja fuga da cadeia demandou 20 dias de operação policial, em 2021.

 

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