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O Governo Federal lançou na última quarta-feira, 3, o Plano Safra 2024/2025. Nesta safra, serão destinados R$ 400,59 bilhões para financiamentos da agricultura empresarial e R$ 76 bilhões para a Agricultura Familiar.

Com relação aos R$ 400,59 bilhões, houve um aumento de 10% em relação à safra anterior, cujo recurso destinado foi de R$ 364,22 bilhões. Também foram anunciados recursos da ordem de R$ 108 bilhões em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), para emissões de Cédulas do Produtor Rural (CPR), como complemento de recursos para o setor.

Para custeio de comercialização, os recursos são do montante de R$ 293,29 bilhões, 7,8% a mais do que na safra anterior (R$ 272,12 bilhões). Para os investimentos o valor anunciado foi de R$ 107,30 bilhões, montante 16,50% maior do que a safra de 2023/2024 (R$ 92,10 bilhões).

De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), os recursos destinados por meio do Plano Safra não atendem as necessidades do setor.

“Esperávamos um montante maior de recursos. Segundo a Proposta do Plano Safra que foi apresentado pela CNA ao Governo Federal, após consulta às federações de agricultura e pecuária, sindicatos rurais, produtores e entidades setoriais, em encontros realizados com representantes das regiões Norte, Nordeste, Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), necessitaríamos de R$ 570 bilhões em recursos financiáveis, em detrimento aos R$ 476 bilhões anunciados para a agricultura familiar e para os demais produtores”, diz nota da Faeg.

“O valor ficou abaixo do solicitado por parte do setor produtivo rural para atendimento da produção agropecuária de todo o país, que foi de R$ 470 bilhões para a agricultura empresarial, sendo R$ 359 bilhões para custeio e comercialização e R$ 111 bilhões para investimentos. Além de R$ 100 bilhões para a agricultura familiar, face aos R$ 76 bilhões anunciados”, continua.

De acordo com o gerente de Estudos Técnicos e Econômicos do Sistema Faeg, Edson Novaes, outro ponto importante que faltou no plano foi o Seguro Rural. “Outro ponto importante que também ficou aquém desse plano foi os recursos para a subvenção de seguro rural, das quais foram anunciados pelo governo R$ 1.1 bilhão, sendo que a necessidade que o setor solicitou foi de R$ 3 bilhões para 2024 e R$ 4 bilhões para 2025. Se analisarmos mais detalhadamente o plano safra, vamos perceber que os produtores rurais brasileiros vão ter grandes desafios em 2024”, diz.

“Nota-se que não houveram grandes novidades na disponibilidade de crédito. Tivemos queda de recursos em 4 principais linhas de crédito, como o RenovAgro Ambiental, em que a disponibilidade dos recursos caíram 17,86%, de R$ 280 milhões para R$ 230 milhões; o investimento empresarial com queda de 28,27%; Prodecoop com queda de 5,26% e o Inovagro com queda no montante de recursos da ordem de 7,89%, de R$ 3,8 bilhões para R$ 3,5 bilhões”, avalia a Faeg.

Segundo a Faeg as taxas de juros praticamente ficam inalteradas. Com queda em apenas 1 das 13 principais linhas de crédito do Plano. A linha de crédito do Moderfrota, cuja alíquota passou de 12,5% para 11,5%. As demais tiveram as mesmas taxas de juros da safra anterior, cujas taxas variam de 7% no caso do RenovAgro Ambiental e PCA até 6.000 toneladas, até 11,5%, como é o caso do Moderfrota.

 

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