REAÇÃO
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Publicado em: 29/11/2023 14:57
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) instaurou procedimento para apurar as ofensas de um agente da Polícia Civil contra um advogado, durante uma discussão na Central de Flagrantes, em Goiânia, e pediu o afastamento do mesmo. Em vídeo enviado ao Mais Goiásna terça-feira (28), o servidor aparece mandando o jurista “lamber sabão”.
Nas imagens enviadas à reportagem é possível ouvir parte da discussão. Em um trecho o agente diz: “Advogado aqui não ajuda em nada. Ele pode sentar, ouvir e representar. Advogado não tira preso aqui. Ele pega o dinheiro e vai beber cachaça.”
Um advogado tenta contestar, mas o agente continua: “O advogado pode representar ela, não tem problema. É direito do advogado, mas ela vai continuar presa. Estou falando é o que acontece […] advogado aqui nunca tirou preso e não tira.”
O advogado, então, afirma que é prerrogativa dele e que ele não bebe, fazendo referência a uma das primeiras acusações do agente. Na sequência, o servidor retruca: “Não me dirigi ao senhor. Vou falar para o senhor: vai lamber sabão.”
OAB-GO
Presidente de OrdemRafael Lara Martins disse que, além do pedido de afastamento, a seccional também fará uma representação criminal contra a conduta do agente e ingressará com ação na esfera cível. “Nenhuma agressão à advocacia ficará impune em Goiás. Faremos a representação pelo crime de violação de prerrogativas e vamos apresentar uma ação de indenização por danos morais coletivos contra o Estado de Goiás e pessoalmente contra esse agente.”
Ainda na terça, a OAB-GO iniciou “a expedição de ofícios ao secretário de Segurança Pública, ao Delegado Geral da Polícia Civil, e à Corregedoria Geral da Polícia Civil, solicitando a apuração dos fatos, tomadas de providências disciplinares, inclusive, solicitando formalmente o afastamento preventivo das funções policiais pelo indigitado servidor público”.
Ao portal, a Polícia Civil informou que a Gerência de Correições da instituição já está apurando o fato e tomando as medidas cabíveis. O Mais Goiás também procurou a secretaria de Segurança Pública por um posicionamento e aguarda retorno.