Projeto de Lei que estabelece a fixação de cartazes informativos sobre o Centro de Valorização da Vida (CVV) foi aprovado, em segunda e última votação, pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O serviço é gratuito, voluntário e sob sigilo, e pode ser acessado por telefone, e-mail e chat 24h.

Autor da proposta, o deputado Cairo Salim (PSD) aponta que o estudo e a discussão sobre suicídio são formas eficientes de se promover a prevenção.

A proposta estabelece a fixação de cartazes em diversos estabelecimentos públicos e privados no Estado de Goiás, além de letreiros em rodovias e estradas e no transporte público. A matéria segue para apreciação do Executivo.

Falar é a melhor solução

Ao Jornal Opção, a psicóloga goiana Ana Carla Teodoro relata que um dos paradigmas do assunto é tratar apenas a depressão e fatores psicológicos como circunstâncias que levem ao suicídio. “Quadros de tristezas e solidão, questões financeiras, não aceitação da sexualidade. São várias as circunstâncias que podem levar a esse quadro”, revela.

O quadro depressivo e a bipolaridade são os principais fatores que levam um paciente a cometer a prática. “Sentimento de desesperança, perda de sentido da vida. Para um suicida, morrer é a melhor solução para diminuir a dor”, conta.

A especialista aponta que, apesar do sentimento de constrangimento, falar é o melhor remédio. “Principalmente pensando nesse contexto de mídias digitais, redes sociais, muitas vezes as pessoas tem consigo que é preciso mostrar que está produzindo, que está saudável, que é legal”, alerta.

O risco de atuar nesse cenário é a falta de sinais claros de que o ato será cometido e fato de não haver um ‘perfil’ suicida. “Independente do transtorno, qualquer pessoa pode vir a cometer o suicídio”.

Ana lembra a campanha do mês de setembro, conhecida como Setembro Amarelo, que traz a premissa ‘Falar é a melhor Solução’: “Ter uma rede de apoio e falar são essenciais”, conta.CVV

O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma organização que presta apoio emocional e prevenção ao suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo.

O CVV foi fundado em São Paulo em 1962 e é uma associação sem fins lucrativos e de utilidade pública.

Os atendimentos podem ser feitos por ligação telefônica, mensagem, chat ou e-mail e estão disponíveis 24h por dia.

 

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