O mosquito é pequeno, mas as consequências da doença são enormes inclusive podendo causar a morte. Quando se trata de dengue às vezes não damos a real importância para o assunto, mas muitas vezes pagamos caro por isso. O Brasil continua sendo recordista em casos de mortes causados pela doença que pode ser facilmente evitada com a participação efetiva da população.

O número de casos de dengue no Brasil pode chegar a 5 milhões neste ano, de acordo com projeção divulgada pelo Ministério da Saúde em parceria com o InfoDengue, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde, confirmou a estimativa em uma coletiva de imprensa realizada em dezembro. “O ano de 2023 foi realmente diferente. Tivemos essas mudanças ocasionadas pelo fenômeno do El Niño. E, depois de muito tempo, encontramos os quatro sorotipos (1, 2, 3 e 4)  circulando ao mesmo tempo no Brasil, uma situação bem incomum”, explicou a secretária.

As mudanças climáticas desencadeadas pelo El Niño foram determinantes para o aumento no número de criadouros do mosquito da dengue. Para o próximo verão, a projeção é de que o calor e as chuvas provocadas pelo fenômeno acabem piorando ainda mais esse cenário.

A região Centro-Oeste deve enfrentar uma epidemia neste ano, assim como os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, no sudeste, e Paraná, no Sul. De acordo com a pasta, o Nordeste não deve chegar a uma epidemia, mas deve apresentar aumento nos casos.

Em 2023, foram registrados 1.641.278 casos de dengue, número 17,8% mais alto do que o registrado em 2022 (1.393.684). Porém, permanece abaixo de 2015, quando o Brasil atingiu o recorde de 1.688.688 casos de dengue.

Além do crescente número de casos, o Brasil bateu o recorde de ano com mais mortes causadas pela dengue, somando 1.079 óbitos.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, alertou na coletiva que “cerca de 74% das larvas do mosquito são encontradas próximas às residências e no, peridomicílio, que é o entorno das casas […]” e reforçou à população sobre a necessidade do recebimento dos agentes e de uma inspeção semanal nas casas.

No mês passado, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina QDenga, que imuniza contra a dengue, ao Sistema Único de Saúde (SUS). A vacinação começará em fevereiro, mas não será realizada em larga escala.

A QDenga está liberada mesmo para as pessoas que nunca tiveram contato com o vírus, e pode ser aplicada em pessoas entre 4 e 60 anos, sendo necessário duas doses com intervalo de três meses.

Serão oferecidas 6,2 milhões de doses pelo SUS, resultando em 3,1 milhões de pessoas com o ciclo vacinal completo ainda este ano. O Ministério da Saúde informou que a vacinação será focada, inicialmente, em regiões prioritárias. O número de vacinas a ser oferecida pelo SUS é insuficiente para atender toda a população, assim serãoobservadosos grupos prioritários. Os outros grupos interessados na vacina vão ter que recorrer à rede privada. Todos contra a Dengue este deve ser o lema.

 

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