No Brasil, os casos assintomáticos de dengue estão preocupando os especialistas, e reforçam a necessidade do uso do repelente.
Uma pessoa com dengue pode não apresentar qualquer sinal da doença. Segundo especialistas da Fiocruz, cerca de 50% dos casos são assintomáticos. O que ajuda a alastrar rapidamente o vírus. É a chamada transmissão silenciosa.
O assintomático tem o vírus da dengue circulando pelo corpo. Se ele for picado por um aedes aegypti, o inseto se contamina e, sete dias depois, já é capaz de espalhar a doença. Somente as fêmeas podem picar o ser humano e transmitir a doença. Uma única fêmea do aeds aegypti coloca em torno de 100 ovos a cada quatro dias. Em média, o mosquito vive um mês em ambientes urbanos.
Por isso, não tem jeito: precisamos redobrar os cuidados. O repelente é indicado para todos, inclusive para quem está com dengue.
“É importante usar só os repelentes que tenham o selo da Anvisa, que são recomendados, e usar pelo tempo que é recomendado em cada um desses produtos diferentes”, afirma Denise Valle, pesquisadora da Fiocruz.
E há também outras formas de proteção. Apesar do calor, o uso de calça e blusa de manga comprida. As preocupações e ações não podem ser apenas individuais, também devem ser coletivas.
Especialistas lembram que os outros 50% dos casos são de pacientes com sintomas – como febre alta, dor e manchas vermelhas pelo corpo.
As pessoas com suspeita de dengue precisam procurar ajuda, passar por uma avaliação médica o quanto antes. Na maioria dos casos, isso evita complicações da doença. No Rio de Janeiro, os polos municipais de atendimento de dengue estão cheios de pacientes.
Os dois filhos do casal estão com dengue. Horas depois dos primeiros sintomas, eles levaram as crianças ao posto de saúde. O aniversário de 9 anos do Pedro não foi como ele esperava.
“A gente cantou o parabéns rapidinho, ele deitou na cama, quando foi ver ele estava com 38º C de febre. Preferia mil vezes que tivesse comigo, os sintomas tivessem comigo e não com eles. Mas a gente tem fé e vai dar tudo certo”, conta o cineasta Leonardo Barros, pai do Pedro.
Fonte: G1 Globo