Uma testemunha disse à Polícia Militar que viu o padrasto de Pedro Lucas Santos com uma mala no dia do desaparecimento do menino, segundo o delegado Adelson Candeo. A criança, de 9 anos, foi vista pela última vez saindo da escola, no dia 1º de novembro de 2023. José Domingos, de 22, foi preso na segunda-feira (8), em Rio Verde, no Sudoeste goiano, suspeito pelo sumiço do enteado. A polícia trabalha com a hipótese de homicídio. Uma ossada de criança foi achada pela PC, também em uma mala, e pode ser do menino.

Ou ele colocou [o corpo] em uma mala e saiu, uma pessoa falou isso [à PM], ou outra coisa que pode ter acontecido é ele ter escondido [o corpo] em um lugar perto, em um terreno baldio e depois ter retirado, explicou o delegado.

Em nota enviada ao POPULAR no dia da prisão, a defesa de José Domingos informou que ainda não teve acesso integral ao processo e das provas colhidas durante toda a investigação. O advogado Felipe Mendes disse que o cliente “sempre negou o cometimento de quaisquer crimes contra seu enteado e colaborou com a investigação, apresentando-se ao delegado de polícia todas as vezes que foi intimado”.

O advogado também diz que José Domingos forneceu material genético espontaneamente, além de também permitir acesso irrestrito ao seu aparelho celular. “A Defesa e o representado acreditam na Justiça e confiam que as autoridades encontrarão a melhor resposta ao fato”, afirmou.

RELEMBRE O CASO

Pedro Lucas sumiu em 1º de novembro de 2023. Nesse dia, ele saiu de casa, levou o irmão mais novo até a escola e seguiu para o colégio em que estudava, onde assistiu às aulas. Depois disso, ele só foi visto por registros de câmeras de segurança

INVESTIGAÇÃO

O POPULAR mostrou no dia 12 de dezembro que o padrasto de Pedro Lucas saiu mais cedo do trabalho no dia em que o garoto foi visto pela última vez. José Domingos não soube explicar como sabia que precisaria buscar o irmão mais novo do menino na escola no dia do desaparecimento. À época, o delegado destacou que durante depoimento, os funcionários da escola onde o irmão de Pedro Lucas, de 6 anos, estuda, afirmaram que o homem nunca havia buscado a criança na escola. Os educadores contaram que quem sempre buscava o menino era Pedro Lucas.

CONTRADIÇÃO

A família de Pedro Lucas só procurou a polícia três dias depois do desaparecimento do garoto. De acordo com o delegado, a mãe chegou a dizer que o menino havia falado que iria para a casa da avó, mas mudou a versão posteriormente.

A história de que a criança tinha pedido para ir para a casa da avó não era verdade. E na delegacia eles confirmaram que mentiram. Questionados sobre o porquê mentiram, eles disseram que ficaram com receio de perder a guarda dos outros dois filhos. Acreditamos que ele possa ter fugido de casa por conta de alguma desavença, disse o delegado.

Na segunda versão apresentada, a família disse que Pedro Lucas teria desaparecido enquanto voltava para casa. Diante disso, o delegado pontuou que não descarta a possibilidade de ele ter fugido por conta de alguma desavença.

AGRESSÕES

Segundo o delegado, o padrasto e a mãe de Pedro Lucas Santos o agrediam com frequência. As informações foram repassadas pela amiga do menino em depoimento à Polícia Civil.

O padrasto dele odiava ele, o Pedro ficava chorando lá no canto do quarto dele. O Pedro me falava que o padrasto era chato, feio e ele nunca queria ter ele em sua vida. Eu sei que o padrasto e a mãe dele batia nele de cinto porque eu via as marcas nas costas dele”, contou a amiga de Pedro Lucas em depoimento.

Sangue na casa

Uma perícia encontrou sangue em vários pontos da casa da família de Pedro Lucas após a aplicação de um reagente, segundo o delegado

Foi obtido o resultado positivo para componentes de sangue humano em vários pontos da casa. Foi mostrada uma maior concentração de sangue em volta da cama. Pelo chão da casa tinha pouca quantidade e também no tanque, explicou o delegado.

Após uma denúncia anônima, a PC encontrou uma ossada em uma região de mata, próximo ao Córrego Abóbora, nas imediações da cidade. À TV Anhanguera, o delegado regional de Rio Verde, Danilo Fabiano de Carvalho, informou que a suspeita é de que a ossada seja do menino Pedro

Fonte: O Popular

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