Vereadores de Iporá, no oeste de Goiás, registraram um pedido de impeachment contra o prefeito Naçoitan Araújo Leite (sem partido). Ele é suspeito de invadir a casa da ex-mulher e atirar contra ela e o namorado. Os dois não se feriram. O prefeito teve a prisão decretada, mas não foi preso até as 8h20 desta segunda-feira (20).

O g1 entrou em contato com a defesa do prefeito Naçoitan Araújo Leite por mensagem de texto às 8h40, mas não teve retorno até a última atualização dessa reportagem.

O caso aconteceu no sábado (18). Segundo a Polícia Civil, Naçoitan estaria separado da mulher há cerca de dois meses. Por não aceitar o fim da relação, o homem usou a própria caminhonete para quebrar o portão e invadir o imóvel. No local, estavam a ex-companheira e o atual namorado dela, que ficaram dentro do quarto e não se feriram.

A sessão na Câmara Municipal deve começar às 9h. O presidente da Casa deve colocar o pedido em votação em pauta. Ao todo, são 13 vereadores na cidade e são necessários sete votos para que o prefeito seja retirado do poder.

“Os vereadores, nesse momento, não podem ser vereador de posição ou de base, mas sim vereador de apoio à mulher, à população”, disse o vereador Moisés Victor Magal.

O pedido de impeachment aponta que o prefeito quebrou o decoro do cargo, ou seja, teve atitudes que não correspondem com a administração e com uma função pública.

Invasão

Segundo a Polícia Civil, na madrugada de sábado (18), Naçoitan parou a caminhonete em frente à casa da ex, desceu e viu se tinha alguém no local. Em seguida, voltou para o carro, acelerou e derrubou o portão.

Depois, atirou 15 vezes contra o quarto em que a ex-mulher e o namorado estavam. Os dois não se feriram. Cerca de três minutos após a invasão, Naçoitan deixou o local.

Casa onde prefeito de Iporá teria invadido e feito cerca de 15 disparos em Iporá — Foto: Diulgação/Polícia Civil

Desespero

Assustada, a ex-companheira de Naçoitan disse que pretende se mudar da cidade. Em entrevista à TV Anhanguera, a mulher contou que viveu momentos de pânico durante a invasão e sequência de tiros.

“Não pretendo continuar morando nessa casa. Eu estou com o sentimento de que eu estou sendo expulsa da minha cidade por uma pessoa que se vê dono da cidade”, desabafou.

Sem se identificar, a mulher contou que estava dormindo e acordou com o barulho da porta de vidro da cozinha quebrando.

“Ouvi o meu ex-marido gritando o meu nome umas duas vezes e depois disso ele descarregou um pente de arma na porta do meu quarto. Tenho certeza que ele veio pra me matar”, contou a mulher.

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