Um vendedor ambulante foi preso suspeito de atirar contra um primo e mulher dele, na frente do filho do casal, após uma discussão por venda de doces em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. De acordo com a Polícia Civil, as imagens da câmera de segurança mostram o momento em que o homem corre ao lado do carro da família e atira.
Em nota, a advogada do suspeito, Letícia Caroline Justino, afirma que o cliente agiu em legítima defesa, uma vez que sua família vinha sofrendo ameaças. A defesa declara, também, que o vendedor compareceu espontaneamente à polícia, o que demonstraria interesse em cooperar com a apuração do caso.
O crime aconteceu durante a madrugada de sábado (12), quando o suspeito atingiu o primo enquanto dirigia. O motorista parou o carro após os disparos e, logo depois, de acordo com a polícia, o primo retornou ao veículo e atirou novamente contra o casal. O filho do casal, de 1 ano de idade, não foi atingido. O vendedor fugiu logo em seguida.
A mulher atingida foi encaminhada para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. Ao g1, o Hugol informou, na manhã desta segunda-feira (15), que a mulher está no pronto-socorro da unidade, possui estado geral grave e respira com ajuda de aparelhos.
A Polícia Civil disse que o homem está internado no Hospital Universitário de Rio Verde, com muitas dores e sem sentir as pernas. O g1 entrou em contato com o HMU para saber o estado de saúde do homem, mas não teve retorno até a última atualização. O filho do casal está sob os cuidados da avó paterna.
Investigação
Após o crime, o pai do suspeito fez contato com advogado e conduziu o filho até a delegacia para se entregar. A esposa do suspeito informou à polícia que o marido dela e a vítima já estavam em conflito há algum tempo pelo comércio de doces e que, no mesmo dia, eles já tinham brigado duas vezes pelo mesmo motivo.
“As vítimas estavam fazendo docinhos para vender em restaurantes e bares à noite e chamaram o filho do suspeito, que mora próximo à casa deles, para ajudá-los. Entretanto, o suspeito e a esposa gostaram da ideia e começaram a fazer também os doces para vender nos comércios. E aí começou a gerar um conflito, começou a gerar um problema de concorrência, e essa concorrência começou a gerar provocação de ambas as partes”, explica o delegado responsável pelo caso, Adelson Candeo.
