O velório do jornalista e fundador do Diário da Manhã, Batista Custódio que faleceu na manhã desta sexta-feira (24/11) tem previsão para começar as 15 horas no cemitério Jardim das Palmeiras e o enterro no cemitério Santana, ambos em Goiânia. A previsão é q informação foi confirmada pelo filho do editorialista, Júlio Nasser.
Ele revela que um dos principais desejos do pai era ser enterrado no mesmo local em que Alfredo Nasser, tio da primeira esposa, Consuelo Nasser de quem era muito amigo. “Ele será enterrado no tumulo do tio Alfredo. Ele pediu para ser enterrado ali. Eles eram amigos demais”, comentou.
Batista Custódio estava internado desde o último dia 3 deste mês no Hospital São Francisco em tratamento de uma severa pneumonia que o levou a UTI. Há 2 anos, ele também tratava um câncer que de acordo com Nasser estava sob controle.
Fundador do Diário da Manhã deixa filhos e netos
Ele deixa seis filhos e cinco netos, além de uma trajetória marcada pela fundação do jornal Cinco de Março que precedeu o Diário da Manhã. O horário e local do velório ainda não foram divulgados. De acordo com Júlio Nasser, o enterro deverá ocorrer no cemitério Jardim das Palmeiras.
Em evento realizado em Abadia de Goiás, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) decretou luto oficial de três dias. “Batista Custódio contribuiu com a história de Goiás. Um dos homens mais cultos que eu conheci. Foi uma referência no jornalismo brasileiro e respeitado nacionalmente pelo conteúdo e preparo intelectual de suas matérias”, destacou durante o discurso.
Governo decreta luto oficial
O vice-governador Daniel Vilela (MDB) também lamentou a morte do jornalista Bastista Custódio em publicação nas redes sociais, na manhã desta sexta-feira (24). Na postagem, ele diz que “[nos despedimos] de um pilar do jornalismo goiano, amigo e conselheiro”.
“Suas palavras sábias e contribuições inestimáveis pro nosso estado deixam um legado que continuará a inspirar gerações”, escreveu o vice-governador. O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) também seguiu o governador e decretou luto de três dias em Goiânia.
Jornalistas lamentam morte de Batista Custódio
Editor do Diário da Manhã, o jornalista Welinton Carlos trabalha no jornal desde 1994. Foram 29 anos de convivência diária com Batista Custódio. “Ele é um dos maiores editorialistas da história da imprensa brasileira”, destaca ao Mais Goiás.
Mesmo priorizando os cuidados com a saúde, Carlos revela que Batista nunca deixou de participar de decisões estratégicas do jornal. “Nos últimos anos, sua lucidez e responsabilidade me surpreenderam como profissional. Longe da Redação, para cuidar de sua saúde, sempre ao fim do dia, por telefone, decidia títulos, manchetes, angulações e sugeria abordagens como um homem a mais no front, lutando contra fake news, desprestígio dos comunicadores frente aos governos autoritários e violências institucionais contra minorias”, salientava.
Ao Mais Goiás, Ulisses Aesse que também trabalhou por mais de duas décadas com Custódio destacou a importância de Batista para o jornalismo. “O jornalista Batista Custódio é um exemplo da democratização da imprensa no Brasil. Sempre lutou pelas liberdades, as de opinião e expressão, e colocou os seus jornais, o Cinco de Março e o Diário da Manhã, como faróis dessa liberdade. Integro, sonhou com uma imprensa livre, soberana, onde as ruas passassem pela redação do DM, que chegou a reunir em épocas cíclicas e magistrais, grandes profissionais da imprensa nacional”, destacou.