Policiais civis e militares cumprem, na manhã deste sábado (6/4), mandados de prisão contra quatro PMs do Comando de Operações de Divisas (COD). Os PMs teriam forjado um confronto em Goiânia, no início desta semana, no Setor Jaó.

A denúncia surgiu depois da divulgação de um vídeo que mostra a abordagem a dois suspeitos que morreram baleados.

Um vídeo gravado pelo celular de um dos dois suspeitos abordados por uma equipe do Comando de Operações de Divisas (COD)expõe contradições na versão apresentada por policiais militares para justificar um suposto confronto ocorrido na tarde de segunda-feira (2/4), no Setor Jaó, em Goiânia.

Segundo a ocorrência registrada pela Polícia Militar, Júnior José Aquino Leite, de 40 anos, e Marines Pereira Gonçalves, de 42 anos, quem morreram na ação do COD, foram denunciados por um foragido da justiça. De acordo com a denúncia, a dupla o havia procurado em uma chácara em Petrolina, na região metropolitana de Goiânia.

Ao não encontrá-lo, Júnior e Marines foram até a casa do foragido da justiça, em Trindade, invadiram o imóvel e furtaram diversos aparelhos.

A ocorrência diz ainda que o denunciante afirmou que Júnio e Marines estariam se passando por policiais civis e extorquindo pessoas com antecedentes criminais na zona rural de cidades próximas à capital.

Procurados pelo Serviço de Inteligência do COD, os dois suspeitos, que estavam em um carro modelo HB20, teriam sido vistos na segunda-feira trafegando pelo Setor Jaó. Nas proximidades do Centro de Treinamento do Vila Nova, eles foram abordados por uma equipe fardada, composta por um tenente, dois sargentos, e um soldado.

Os policiais relataram que, quando abordado, o suspeito que estava no volante do carro desceu e usou uma pistola para atirar contra a equipe, que revidou. O tenente e os dois sargentos, então, efetuaram nove tiros de fuzil e outros nove de carabina contra a dupla. O soldado que estava com a equipe e que dirigia a viatura não efetuou nenhum disparo.

Um dos abordados morreu na hora e o outro foi socorrido ainda com vida, mas não resistiu. Durante o registro da ocorrência, os PMs entregaram uma pistola e um revólver para a equipe da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) e afirmaram que as armas haviam sido usadas por eles contra a equipe.

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