Acusado injustamente de estupro e de homícidio contra uma mulher, em Anápolis, o catador Albino de Souza, um idoso com 61 anos, chegou a ser preso e torturado em 1991. Ficou detido por quatro dias, mesmo alegando inocência, até que o verdadeiro culpado apareceu e recebeu a liberação.

Albino decidiu que deveria recorrer à Justiça de Goiás para reparar o erro, mas apenas em 2023 é que conseguiu acesso à indenização. O caso foi revelado pelo Fantástico no último domingo (31).

O caso começou no dia 18 de março de 1991, quando ele foi acusado, sem provas, de ter estuprado e assassinado uma mulher. Até o dia 21 de março, por quatro dias, Albino alega que levou socos, chutes, tapas, choque elétrico e até foi pendurado em um pau de arara.

Liberado, ele decidiu entrar na Justiça quatro anos depois em busca de reparação ao que considerava um erro e, desde 1995, ele enfrentou uma verdadeira peregrinação na Justiça aguardando uma decisão do judiciário.

18 anos depois, o Superior Tribunal de Justiça (STF) decidiu em favor de Albino, mas os advogados que representavam o catador perderam o contato com seu cliente. Apenas este ano é que os profissionais encontraram o idoso para comunicar que Justiça, enfim, havia sido feita.

Ao ser encontrado pelos advogados, ele estava sem documentos, sem endereço fixo e em situação de rua. Chegou a pernoitar em um canil abandonado em Caldas Novas. Uma das primeiras coisas que fez ao ter acesso a indenização, foram novos documentos, a abertura de uma conta no banco e a aquisição de uma casa própria.

Ao Fantástico, a Secretaria de Segurança Pública alegou em 1991 que as apurações das condutas dos policiais civis envolvidos na prisão injusta de Albino foram encaminhadas à Justiça. Já o Tribunal de Goiás informou que, em 1997, o caso prescreveu e os réus não chegaram a ser julgados.

 

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