O ano de 2023 surpreendeu positivamente a economia brasileira, com indicadores como o Produto Interno Bruto (PIB), inflação e taxa de juros apresentando melhorias em relação às expectativas iniciais. O Banco Mundial, em seu recente relatório sobre as perspectivas econômicas globais, estima um crescimento de 3,1% no PIB para o ano encerrado.

Economistas indicam que a inflação, que já apresentou média de 5,79% em 2022 e uma previsão de 4,66% para 2023, deve continuar a trajetória de queda. A taxa básica de juros, Selic, também seguiu essa tendência, passando de 13,75% em novembro de 2023 para 11,75% no fechamento do ano, com expectativa de atingir 9,25% ao final de 2024.

Apesar do impulso proporcionado pela geração de empregos, Ahmed Sameer El Khatib, professor e coordenador do Instituto de Finanças da FECAP, projeta um crescimento econômico mais moderado, em torno de 2%, para o Brasil.

“Algumas medidas do Governo Federal, como a redução da Taxa Selic e a adoção de políticas de estímulo à produção e ao consumo, contribuíram para o bom desempenho da economia. Espera-se que a taxa básica de juros continue em tendência de queda, atingindo 9,25% ao final de 2024, o que pode impactar positivamente a produção e o consumo”, destaca El Khatib.

No entanto, as perspectivas para 2024 apresentam desafios. O professor alerta para a possibilidade de aumento na inflação dos alimentos, afetando especialmente as famílias de baixa renda e trazendo desafios adicionais ao país.

“A Taxa de juros e o cenário internacional são fatores que podem contribuir para uma redução do PIB. O governo tem um grande desafio para 2024, pois será preciso reduzir as despesas para atingir a meta de déficit zero nas contas públicas, talvez o principal desafio para esse ano”.

A eventual queda no PIB pode se refletir na geração de empregos e na renda, enquanto a inflação dos alimentos pode ampliar a pressão sobre os custos de vida, especialmente para as famílias de baixa renda.

“As mudanças na economia brasileira têm sido recebidas de forma positiva em meio a um cenário global desafiador, especialmente em comparação com as expectativas anteriores. O desempenho econômico favorável do Brasil tem sido destacado, mesmo em meio às incertezas globais, como a crise na Ucrânia e o conflito entre Israel e o Hamas”, conclui o docente.

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui