A Polícia Civil continua procurando pistas do menino Pedro Lucas Santos, de 9 anos, que desapareceu há mais de um mês em Rio Verde, na região sudoeste de Goiás. Segundo o delegado que investiga o caso, Adelson Candeo, revelou que, no dia do desaparecimento, o padrasto de Pedro saiu do trabalho mais cedo e buscou o irmão do menino na escola, como não tinha costume de fazer.

“O que a Polícia Civil não entendeu é por que nesse dia o padrasto vai à escola que ele nunca foi. […] Ele nunca havia buscado o menino na escola antes”, disse o delegado.

“A professora chega a mencionar que não conhecia o padrasto do Pedro Lucas, que quando ele chegou para pegar o irmão mais novo [de Pedro], ela à princípio não entregou o menino para ele e esperou para ver quem era ele”, complementou Candeo. O g1 não conseguiu contatar o padrasto de Pedro para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

Pedro Lucas sumiu no dia 1º de novembro deste ano após deixar o irmão na escola. Segundo o delegado, o menino é a criança que está há mais tempo desaparecida em Rio Verde. Adelson Candeo questionou o padrasto de Pedro sobre o motivo que fez com que ele buscasse a criança mais nova na escola, mas pontuou que a justificativa do homem não faz sentido.

“Nossa dúvida é: como ele sabia que tinha que buscar o menino na escola às 17h30? Já que o Pedro Lucas nunca ficava em casa, ele ficava na rua todas as tardes, mas nunca perdeu o horário. Segundo a professora, todos os dias às 17h20 quando o portão era aberto, Pedro já estava aguardando o irmão para levá-lo para casa, mas nesse dia não”, explicou o delegado Adelson Candeo.

O menino sumiu após deixar o irmão mais novo na escola. Câmeras de monitoramento da vizinhança registraram as últimas aparições do menino, que indicam que ele estava indo em direção a casa em que morava.

O delegado considera tanto a hipótese do menino ainda estar desaparecido, quanto dele ter sido morto. A possibilidade de sequestro foi descartada pelas investigações. Adelson disse não haver registro policial de um desaparecimento infantil tão longo na cidade.

“Não existe registro de ocorrência de uma criança desaparecida por tanto tempo, só de adulto tem. É um fato isolado, um fato único”, explicou o delegado.

Delegado em Rio Verde há 10 anos, Adelson disse que chegou a esta informação após apurar registros policiais e ouvir moradores antigos.

“É difícil voltar a todos os anos de Rio Verde, mas quem mora aqui há muito tempo não se lembra de um caso parecido”, completou.

A família de Pedro Lucas só procurou a polícia três dias depois do desaparecimento do garoto. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Adelson Candeo, a mãe chegou a dizer que o menino havia falado que iria para a casa da avó, mas mudou a versão posteriormente. Questionada, a mulher alegou ter mentido porque ficou com receio de perder a guarda dos outros dois filhos.

“A história de que a criança tinha pedido para ir para a casa da avó não era verdade. E na delegacia eles confirmaram que mentiram. Questionados sobre o porquê mentiram, eles disseram que ficaram com receio de perder a guarda dos outros dois filhos. Acreditamos que ele possa ter fugido de casa por conta de alguma desavença”, disse o delegado.

De acordo com a PC, a investigação segue considerando a hipótese do menino ainda estar desaparecido quanto dele ter sido morto. A possibilidade de Pedro Lucas ter fugido em razão de uma briga com a família também é considerada.

Familiares, vizinhos e amigos de Pedro Lucas já foram ouvidos e os policiais também já verificaram imagens e denúncias sobre o possível paradeiro do menino.

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