A Organização Meteorológica Mundial (OMM) prevê que o fenômeno climático El Niño deve durar pelo menos até abril de 2024. A previsão foi divulgada nesta quarta-feira (8) e, segundo a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), o fenômeno, caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, pode atingir o pico no primeiro semestre do ano que vem.

O El Niño é um fenômeno que acontece com frequência de dois a sete anos, com duração média de doze meses, gerando impacto no aumento da temperatura global. Geralmente as consequências do fenômeno são observadas no ano seguinte do desenvolvimento, mas 2023 já está na disputa de ano mais quente da história.

A previsão do secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, é que 2024 seja ainda mais quente que este ano, como uma consequência da “contribuição crescente das concentrações de gases do efeito estufa provenientes de atividades humanas”. O representante ainda alerta que eventos climáticos considerados extremos – como ondas de calor e secas – serão mais comuns.

Temperaturas recordes

Como consequência do El Niño, este ano foram observadas temperaturas recordes na superfície dos oceanos, com registros térmicos no Oceano Pacífico Equatorial que subiram de 0,5°C para cerca de 1,5°C desde maio. No Brasil, os impactos foram percebidos em um inverno atípico, com altas temperaturas quase no país inteiro.

Já no Hemisfério Norte, foram geradas ondas de calor extremo, colocando vários países em alerta. Nos Estados Unidos e Canadá, hectares foram destruídos por incêndios florestais.

Conforme as previsões a longo prazo, o novo relatório aponta que o El Niño deve diminuir significativamente na próxima primavera no Hemisfério Norte, mas ainda há alta possibilidade de aumento contínuo na temperatura do Oceano Pacífico Equatorial até abril de 2024.

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