Em um julgamento que durou cerca de 18 horas, Hozannah Fonseca de Deus Filho foi condenado a 27 anos e 6 meses de prisão pela morte da noiva, Larissa Quintino de Souza. O crime aconteceu em 2 de novembro de 2020, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. As investigações concluíram que, após agredir a vítima, com quem se relacionava havia dois anos, Hozannah a matou com um tiro no rosto e simulou que ela teria cometido suicídio.

A juíza Christiana Aparecida Nasser Saad manteve a prisão preventiva de Hozannah Fonseca de Deus Filho, que, portanto, não poderá recorrer da sentença em liberdade. O g1 pediu um posicionamento à defesa de Hozannah Fonseca, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Durante a sessão de julgamento, o promotor de Justiça Ramiro Carpenedo Netto apontou que o crime foi cometido com as qualificadoras do motivo torpe, uma vez que a motivação foi o ciúme que ele tinha da vítima; com emprego de recurso que impossibilitou a defesa da namorada, pois ela estava lesionada e possivelmente sem forças para correr e fugir; e também por menosprezar a condição da mulher e ter praticado violência doméstica, configurando crime de feminicídio.

Na ocasião em que a denúncia foi oferecida pelo Ministério Público de Goiás, foi detalhado que o casal mantinha um relacionamento conturbado, “com histórico de agressões verbais e físicas, e registros formais de algumas ocorrências”. Ainda conforme o processo, no dia dos fatos, a vítima estava na casa do noivo, quando ele a agrediu fisicamente e, em seguida, atirou em sua cabeça a uma curta distância.

Em seguida, para ocultar a autoria do crime, segundo o MP, Hozannah alterou a cena, posicionando a arma de fogo sobre os dedos da vítima e simulando o rompimento da porta do quarto, com o intuito de justificar que ela estava trancada. A hipótese, no entanto, foi contestada após a análise pericial

Ainda conforme os autos, ao sair da casa, Hozannah procurou alguns amigos e um advogado e relatou que a vítima teria cometido suicídio. O serviço de emergência chegou a ser acionado, mas Larissa foi encontrada já sem vida. Assim que a polícia chegou ao local, o homem fugiu e, quando encontrado, resistiu à prisão com agressões físicas, xingamentos e ameaças aos policiais.

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