O território goiano coberto pela Mata Atlântica registrou desmatamento zero nos primeiros oito meses de 2023, conforme indicado pelo recente boletim do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD), divulgado na quarta-feira, 29. Os dados consolidados são da parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica, a Arcplan e o MapBiomas.

Comparado ao mesmo período do ano anterior, Goiás havia registrado 12 hectares de desmatamento. O estado, que abrange 3% de sua área total com o bioma, conta com trechos de Mata Atlântica em 17 municípios, incluindo Itajá, Itarumã, Caçu, Cachoeira Alta, São Simão, Paranaiguara, Quirinópolis, Gouvelândia, Cachoeira Dourada, Itumbiara, Buriti Alegre, Morrinhos, Água Limpa, Rio Quente, Marzagão, Corumbaíba e Cumari.

Água Limpa destaca-se como o único município a preservar 100% da Mata Atlântica, enquanto nos demais, o Cerrado também está presente.

“A vegetação de Mata Atlântica e a biodiversidade é muito interessante. Há um remanescente no Brasil todo também reduzido. Em 2022 a gente já teve uma área bastante reduzida, mas zerar é super gratificante. A gente entende que nosso trabalho vem funcionando”, destacou o subsecretário de Licenciamento, Fiscalização e Controle Ambiental da Semad, Robson Disarz.

Além de Goiás, outros estados, como Minas Gerais (de 9.570 hectares para 3.599) e Bahia (redução de 4.265 para 1.853 hectares), também registraram uma diminuição no desmatamento do bioma.

No âmbito do Cerrado, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou, na terça, 28, os resultados do projeto Prodes Cerrado, que registrou uma queda de 18% no desmatamento entre agosto de 2022 e julho de 2023, comparado ao período anterior entre agosto de 2021 e julho de 2022. Esses dados foram validados pelo Ministério do Meio Ambiente.

Goiás lidera como o estado com o maior percentual de redução no desmatamento entre todas as unidades federativas onde o bioma Cerrado está presente. Em seguida, destacam-se Mato Grosso (-17%), Minas Gerais (-12%) e Piauí (-5%).

“Isso é um somatório de diversos esforços que envolvem fiscalização, com avanço de tecnologia, inclusão da fiscalização remota, com a utilização de imagens de satélite e outros recursos de inteligência. O avanço no âmbito do licenciamento ambiental, as compensações ambientais que estão relacionadas ao processo. Isso faz com que a gente consiga atingir esses objetivos”, finalizou Robson.

 

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