Em vídeo que circula nas redes sociais, supostamente gravado num cativeiro, o ex-jogador Marcelinho Carioca aparece ao lado de uma mulher que seria casada e com quem teria se envolvido durante um show do cantor Thiaguinho, na noite de domingo, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo. Na gravação, ele está com o rosto machucado e afirma ter sido sido raptado pelo marido dela. Após desaparecimento e relato de sequestro, Marcelinho Carioca chegou a delegacia em SP.
“Bem, gente, eu estava no show em Itaquera, curtindo um samba. E aí fiquei com uma mulher que é casada, depois o marido dela pegou, me sequestrou, me levou e esse foi o BO”, diz o ex-jogador.
No vídeo, não é possível identificar os supostos envolvidos no crime.
Em vídeo que viraliza nas redes, Marcelinho Carioca diz ter sido sequestrado
“Confirmo tudo o que ele está falando, eu sou casada, meu esposo sequestrou ele e colocou a gente no cativeiro”, diz a mulher no vídeo.
Procurada, a Polícia Civil ainda não confirmou o recebimento do vídeo. Marcelinho já foi solto pelos supostos sequestradores e chegou à delegacia de Itaquaquecetuba (SP) por volta das 14h20.
Onde foi encontrado o carro do Marcelinho Carioca?
O GLOBO apurou que o carro do ex-jogador foi localizado abandonado em Itaquaquecetuba, São Paulo. O boletim de ocorrência é registrado como desaparecimento de pessoa e localização de veículo na Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes. O veículo deverá ser levado para a delegacia da cidade.
Sistema de Identificação Automatizada de Impressões Digitais foi acionado para apurar as circunstâncias e identificar os envolvidos.
Imagens do programa Balanço Geral mostram o carro atribuído ao jogador. O veículo é uma Mercedes-Benz CLA250, cinza, modelo 2022.
De acordo com o delegado Marcio Cursino, o veículo usado pelo ex-jogador chamou atenção de moradores por estar destrancado. O carro estava fechado, mas não trancado, e não tinha sinais de arrombamento.
O que aconteceu com Marcelinho Carioca?
Registro no Instagram do jogador mostra que ele desapareceu após ter participado de um show do cantor Thiaguinho, na véspera. A apresentação do pagodeiro foi no estádio do Corinthians, em Itaquera, na Zona Leste da capital paulista.
Quem é Marcelinho Carioca
Durante a carreira como atleta, Marcelinho Carioca , de 51 anos, atuou em times como Flamengo, Vasco, Santos e Corinthians, onde virou ídolo e o quinto maior artilheiro do clube paulista. Além do futebol, ele chegou a ocupar um cargo na Câmara dos Deputados por um breve período em 2015.
Autor de 307 gols (86 de falta) em 878 partidas na carreira, o craque foi um dos principais nomes do futebol brasileiro na década de 90 e início dos anos 2000. Apesar da origem carioca, como deixa claro o apelido, Marcelinho teve sua passagem mais marcante no futebol pelo Corinthians, onde se tornou um dos grandes ídolos da história do clube. Sua principal marca era a cobrança de falta, virtude que lhe rendeu o apelido de “pé de anjo”.
Marcelinho Carioca é ídolo e o quinto maior artilheiro da história do Corinthians
Marcelinho Carioca começou sua carreira no Flamengo, onde jogou de 1988 a 1993. Mas se consolidou como um importante meio campista do futebol brasileiro no Corinthians, camisa que defendeu de 1994 a 2001 – com um breve intervalo em 1997, quando jogou no Valencia, da Espanha. Pelo clube paulista, conquistou 10 títulos, incluindo um Mundial, dois Campeonatos Brasileiros e uma Copa do Brasil e quatro Paulistões. Em 2006 ainda teve uma curtíssima passagem, de seis partidas, pelo Timão.
Além de todas as glórias, também teve momentos traumáticos, em especial a eliminação nas semifinais da Libertadores de 2000, quando perdeu sua cobrança da disputa de pênaltis contra o arquirrival Palmeiras. No Mundial do mesmo ano ele também desperdiçou sua cobrança, mas naquela ocasião o Corinthians conseguiu vencer o duelo contra o Vasco.
Pela seleção brasileira, Marcelinho jogou competições sub-20. Mas pelo time principal, jogou apenas quatro partidas, e fez dois gols, contra a Iugoslávia, de falta, e o Equador. Depois de 2001, nunca mais foi convocado. Frasista e polêmico, ele já declarou em entrevistas que tinha condições de integrar os elencos da seleção nas Copas do Mundo de 1994 e 1998 e até de ser titular em 2002.