Com o início do período chuvoso e das elevadas temperaturas, há uma tendência de aumento nos casos de dengue, chikungunya e Zika. Em Goiás, são 112.050 casos notificados e 63.072 confirmados. Os números posicionam Goiás entre os Estados brasileiros com maior incidência de dengue, segundo o Ministério da Saúde.
Conforme dados fornecidos pelo Ministério e divulgados pela Agência Brasil, além de Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal também aparecem em destaque.
Apesar disso, é uma redução de 58% em comparação com 2022, que registrou 269.030 notificações e 192.587 casos confirmados. No Brasil, até a semana epidemiológica 48, observa-se um acréscimo de 15,8% nos casos de dengue em 2023, totalizando 1.601.848 casos, em comparação com o mesmo período de 2022, que registrou 1.382.665 casos.
Quanto aos óbitos, houve um aumento de 5,4% em 2023, totalizando 1.053 óbitos, em relação aos 999 registrados no mesmo intervalo de 2022. Em Goiás, são 31 mortes confirmadas e 44 suspeitas.
No que diz respeito à chikungunya, foram notificados 145.342 casos até a semana epidemiológica 48, refletindo uma redução significativa de 45% em comparação com os 264.365 casos registrados no mesmo período de 2022. Quanto aos óbitos, observa-se um aumento de 7,5%, com 100 registros em 2023 em comparação com os 93 casos no mesmo período de 2022.
Em Goiás, são 3559 casos notificados e 2127 confirmados de chikungunya, em 2023. Trata-se de uma queda de 46% em relação ao ano passado, quando foram 6598 e 4295 casos, respectivamente. Ao todo, sete pessoas morreram vítimas da doença no estado.
Em relação ao cenário epidemiológico da Zika, verifica-se um aumento de 1% nos casos da doença em 2023, totalizando 7.275 casos, em comparação com os 7.218 casos no mesmo período do ano anterior. Não há registros de óbitos pela doença neste intervalo. Estes dados sobre as arboviroses foram atualizados até as 14h35 desta sexta-feira, 8.
Já no estado de Goiás, são 29 casos confirmados e 231 notificados de Zika, até a semana 47, uma redução de 17,79% em comparação com 2022, quando os números registrados foram 24 e 290, respectivamente.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), que declarou o que segue:
“A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), monitora constantemente os casos relacionados à dengue e às demais arboviroses no estado, com diversas ações adotadas para mitigar os riscos de aumento de casos. Recentemente, a pasta criou uma sala de situação com representantes de diversas áreas da secretaria e Defesa Civil Estadual, para discutir estratégias de combate ao Aedes Aegypti em Goiás, diante da chegada do período chuvoso.
O Governo Estadual também prepara uma ampla campanha publicitária de conscientização, em todas as plataformas (TV, rádio e internet), sobre a necessidade de participação popular no combate ao vetor da doença. A SES realiza ainda capacitações com os profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) e que serão intensificadas a partir de janeiro, sobre o manejo clínico adequado e a devida condução dos casos de dengue, para evitar o agravamento do quadro e a possibilidade de evolução para óbito. O Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) também tem realizado, ao longo de 2023, o sequenciamento genético de dengue e chikungunya para entender qual sorotipo circula no estado e preparar as equipes de saúde para as ações necessárias.
Secretaria de Estado da Saúde de Goiás“