O empresário Wellington Hipólito de Oliveira, de 60 anos, foi preso nesta quinta-feira, 13, uma semana depois de matar o próprio pai durante uma discussão pela divisão de herança, em Porangatu. Lázaro Hipólito de Oliveira, de 81 anos, foi atingido por um disparo de espingarda em frente a casa da ex-esposa, que é mãe de Wellington.

Segundo o delegado Luciano Santos, a vítima morreu cerca de uma hora depois do crime ainda no local do disparo. No entanto, antes de falecer, o idoso informou que o autor do disparo havia sido o próprio filho, que era um dos responsáveis por administrar a fazenda de Lázaro, avaliada em R$ 8 milhões.

“A gente chegou até ele [Wellington] por meio do próprio pai, que afirmou que eles já vinham tendo problemas de relacionamento. O pai já tinha uma medida protetiva contra o autor, registrada no início do ano, devido ao fato de que o filho já estava agressivo com ele”, explicou.

Depois de ser preso, em uma zona de mata do município, o empresário confessou o assassinato, de acordo com o Luciano. O homicídio ocorreu na noite da última sexta-feira, 7. Na ocasião, além do ferimento causado pelo disparo, a vítima tinha escoriações na cabeça e em uma das mãos, o que, segundo o delegado, aponta que houve luta corporal momentos antes do homicídio.

“Ele não tinha medo de ficar sem a herança, ele já queria usufruir do bens da fazenda, de várias coisas, antes do inventário. Ele já cuidava de parte da propriedade”, afirmou.

Ameaças e extorsão

As investigações apontaram que a briga pelas terras que pertenciam à vítima já era recorrente. Em fevereiro deste ano, Lázaro chegou a registrar um boletim de ocorrência contra o filho que, na época, teria o agredido e exigido o pagamento de R$ 70 mil, em função de uma casa construída na propriedade rural do idoso.

Em um áudio, Wellington chega a dizer que iria matar o pai e até mesmo a mãe, já que tinha condições financeiras para arcar com as consequências dos homicídios (ouça abaixo):

“Cobra come cobra e quem come a cobra? É o pai da cobra. Então meu pai tem que morrer. Então, pronto. Minha mãe tem que morrer. Pronto. Eu vou dar um jeito na família, sabe porquê? Eu tenho bem material para gastar. Eu nunca sujei minhas mãos”, diz trecho do áudio.

O delegado diz que o idoso não morava em Goiás e que visitava o estado periodicamente para visitar a fazenda. A vítima, inclusive, estava com o retorno ao Piauí previsto para a última segunda-feira, 10. Wellington irá vai responder por homicídio qualificado, cuja pena pode chegar a 30 anos.

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