O Governo de Goiás abre dois editais com previsão de R$ 2 milhões para o incentivo e a promoção de projetos que fortaleçam a participação de meninas e mulheres nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e Computação.

Podem participar do chamamento pesquisadoras vinculadas a Instituição de Ensino Superior (IES) ou Instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTI) no estado.

Os editais foram lançados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) dentro do Goianas na Ciência e Inovação, programa da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) que tem o objetivo de garantir equidade de gênero e encorajar meninas e mulheres a seguirem carreiras nestas áreas, ainda muito masculinizadas.

“Queremos impulsionar a participação de mulheres nessas áreas, além de desenvolver universitárias e apoiar pesquisadoras e empreendedoras. O objetivo é dar apoio a todas as meninas e mulheres que buscam seu espaço e contribuem para a ciência e a tecnologia do mundo”, afirma o titular da Secti, José Frederico Lyra Netto.

Os editais completos podem ser acessados no site, e o prazo para submissão dos projetos, nos dois editais, é até as 17 horas do dia 29 de março por meio da plataforma.

“Essa parceria, Secti e Fapeg, visa promover o desenvolvimento e o fortalecimento da participação feminina no ecossistema estadual de ciência, tecnologia e inovação, além de fortalecer a representatividade de mulheres pertencentes a grupos marginalizados em redes de pesquisa científica, tecnológica e/ou de inovação”, afirma o presidente da Fapeg, Marcos Arriel.

Editais

O primeiro edital (07/2024) oferece auxílio financeiro a pesquisas científicas e tecnológicas que sejam coordenadas por mulheres e que incentivem a participação de jovens pesquisadoras nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e Computação.

As proponentes devem possuir vínculo empregatício com IES ou ICTI sediada em Goiás (pública ou privada, sem fins lucrativos). Para este edital, são R$ 1,2 milhão disponíveis, que serão distribuídos entre até 17 propostas que receberão auxílio de até R$ 100 mil cada.

Já o segundo edital (08/2024) é voltado para auxílio a Projetos de Extensão nas áreas Ciências Exatas, Engenharias e Computação, a serem desenvolvidos também sob a responsabilidade de uma pesquisadora-coordenadora.

O recurso total é de R$ 800 mil e até 11 propostas poderão ser selecionadas. Podem participar grupos de pesquisa consolidados (com até um ano de atuação) e em fase de consolidação (com menos de um ano).

Os valores de auxílio de até R$ 100 mil poderão ser utilizados para Bolsas de Iniciação Científica para estudantes matriculadas em cursos de graduação e Bolsas de Iniciação Científica Júnior para estudantes do ensino fundamental, médio e profissional da Rede Pública.

As bolsas poderão ser concedidas por até 24 meses, em qualquer uma das faixas. O objetivo do chamamento é encontrar iniciativas que promovam a atração e fixação de meninas nessas áreas do conhecimento.

Goianas na Ciência e Inovação

O Programa Goianas na Ciência e Inovação é uma iniciativa que condiz com os objetivos da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação ao tema. Dados da Unesco mostram que, no mundo, a presença das mulheres na pesquisa é, em média, 33% e elas são somente 35% de todos os estudantes das áreas de Tecnologia, Ciências Exatas, Engenharias e Computação.

O programa e os dois editais lançados foram construídos ouvindo mulheres de várias instituições de ensino superior e pesquisadoras. A escuta resultou em uma política pública voltada para a maior participação da mulher na pesquisa científica e na inovação. Tanto que, até março deste ano, serão lançados outros dois editais dentro do Goianas na Ciência e Inovação — um via Fapeg, voltado para bolsas de iniciação científica, e outro via Hub Goiás, para fomento ao empreendedorismo inovador feminino.

“O Goianas na Ciência e Inovação é um programa pioneiro. Estamos olhando para meninas e mulheres a partir dos 8 anos, e a nossa ideia é conseguir cada vez mais mostrar que mulheres podem inovar e fazer ciência”, afirma a gerente de Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secti, Anna Dutra.

 

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