A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma nova emergência de saúde pública global, desta vez provocada pela Mpox. O atual surto é causado por uma cepa mais letal e transmissível que, no momento, atinge com mais força países da África. Porém, casos da doença já foram detectados na Suécia e Tailândia.
Entre os sintomas estão febre, dor de cabeça, mal-estar e erupções cutâneas, que podem surgir em qualquer parte do corpo, devido ao contato pele a pele com uma pessoa infectada. O período médio de incubação do vírus da Mpox varia entre cinco e 21 dias.
O teste laboratorial para verificar a infecção da doença é vital, já que outras enfermidades possuem sintomas semelhantes, como infecções de pele, reações alérgicas, herpes-zóster e herpes simples. O teste faz com que se diferencie a Mpox de outras doenças e com que o paciente tenha o tratamento adequado.
Esse teste é feito por meio de reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real, técnica molecular que detecta o DNA do vírus de forma rápida e precisa. Esse teste deve ser feito em todos os pacientes que tenham suspeita da doença.
Para a realização do mesmo, uma amostra da secreção das lesões na pele é coletada. Caso essas lesões estejam secas, a amostra é coletada das crostas. Em seguida, essas amostras são direcionadas para laboratórios de referência.
Sintomas
A mpox pode causar uma série de sinais e sintomas. Embora algumas pessoas apresentem sintomas menos graves, outras podem desenvolver quadros mais sérios e necessitar de atendimento em unidades de saúde.
O sintoma mais comum da doença é a erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas. O quadro pode começar com ou ser seguido de febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados. A erupção cutânea pode afetar o rosto, as palmas das mãos, as solas dos pés, a virilha, as regiões genitais e/ou anal.
As lesões também podem ser encontradas na boca, na garganta, no ânus, no reto, na vagina ou nos olhos. O número de feridas pode variar de uma a milhares. Algumas pessoas desenvolvem ainda inflamação no reto, que pode causar dor intensa, além de inflamação dos órgãos genitais, provocando dificuldade para urinar.
Transmissão
O vírus se espalha de pessoa para pessoa por meio do contato próximo com alguém infectado, incluindo falar ou respirar próximos uns dos outros, o que pode gerar gotículas ou aerossóis de curto alcance; contato pele com pele, como toque ou sexo vaginal/anal; contato boca com boca; ou contato boca e pele, como no sexo oral ou mesmo o beijo na pele. Durante o surto global de 2022/2023, a infecção se espalhou sobretudo por via sexual.
Pessoas com mpox são consideradas infecciosas até que todas as lesões tenham formado crostas e essas crostas caiam, formando uma nova camada de pele. A doença também pode ser transmitida enquanto as lesões nos olhos e no restante do corpo (boca, garganta, olhos, vagina e ânus) não cicatrizarem, o que geralmente leva de duas a quatro semanas.
É possível que o vírus persista por algum tempo em vestimentas, roupas de cama, toalhas, objetos, eletrônicos e superfícies que tenham sido tocadas por uma pessoa infectada. Outra pessoa que toque nesses objetos pode adquirir o vírus se tiver cortes ou escoriações ou mesmo ao tocar olhos, nariz, boca e outras membranas mucosas sem antes lavar as mãos.
A mpox pode ser transmitida durante a gravidez, da gestante para o feto, e durante ou após o parto, através do contato pele a pele.