A família da adolescente Priscila Brenda Martins, de 14 anos, que foi assassinada em dezembro de 2012, diz estar revoltada com a decisão que anulou a condenação de Paulo Vitor Azevedo, ex-namorado acusado de matar e esconder o corpo da garota. Thauanne Ilídia, prima da vítima, falou sobre a necessidade de que a justiça seja feita.

“Estamos indignados, revoltados. Essa é a palavra: revolta. A gente sente como se nunca fosse acabar. Já não temos o corpo para poder enterrar e agora estamos revivendo essa dor”, afirmou Thauanne.

O julgamento foi realizado por júri popular, em abril de 2023, em Catalão. Na ocasião, Paulo Vitor foi condenado a 18 anos de prisão. Mas, tudo isso foi anulado depois que uma das juradas fez post nas redes sociais se manifestando contra o acusado. Com isso, a Justiça considerou que a postagem demonstrava parcialidade com relação ao crime. Agora, um novo julgamento deverá ser remarcado.

“A gente quer justiça. Ela [Priscila] merece isso e a gente também. A família está sofrendo muito, a gente esperava que ele [Paulo Vitor] pudesse pagar pelo o que ele fez”, disse a familiar.

A defesa de Paulo Vitor afirmou que considera acertada a decisão da Justiça no anulamento do julgamento.

Na decisão, o juiz Alexandre Bizzotto destacou que, por mais que a jurada estivesse com boa fé, ela violou uma das regras fundamentais para o funcionamento do Conselho de Sentença, que é o sigilo da votação.

Relembre o caso

Na época do desaparecimento de Priscila Brenda, testemunhas disseram à Polícia Civil de Goiás que a menina foi vista pela última vez entrando no carro de Paulo Vitor, que estava acompanhado do amigo, Claudomiro.

Mãe diz que família mudou de casa para tentar amenizar saudade — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Em 2014, a delegada responsável pelo caso, Alessandra Maria de Castro, afirmou que, apesar do corpo da garota nunca ter sido encontrado, há fortes indícios de que ela tenha sido assassinada e que, por isso, a dupla foi indiciada por homicídio e ocultação de cadáver.

O namorado chegou a ter o mandado de prisão temporária expedido pela Justiça em dezembro de 2013, mas não foi preso por estar foragido. O mandado foi revogado quando o suspeito se apresentou espontaneamente em fevereiro de 2014.

Durante depoimento, Paulo Vitor disse que esteve com Priscila no dia, mas que a adolescente não entrou no carro dele e nem saiu da cidade em sua companhia. Paulo Vitor e Claudomiro foram presos em 2014, mas foram soltos para responder ao processo em liberdade até o julgamento, que aconteceu em abril de 2023.

No júri popular realizado no ano passado e que, atualmente, está anulado, Claudomiro foi inocentado. Hoje em dia ele tem 31 anos.

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