A sexta-feira (02) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 61,83 e R$ 69,97 e acumularam ganhos também ao longo desta semana.
O vencimento setembro/24 foi cotado à R$ 61,83 com valorização de 2,03%, o novembro/24 valeu R$ 65,33 com ganho de 1,63%, o janeiro/25 foi negociado por R$ 68,10 com elevação de 1,07% e o março/25 teve valor de R$ 69,97 com alta de 0,09%.
No acumulado semanal, os contratos do milho brasileiro registraram elevações de 1,23% para o setembro/24, de 0,66% para o novembro/24 e de 0,15% para o janeiro/25, além de queda de 0,31% para o março/25.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também subiu neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações em Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Rio do Sul/SC, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
Na visão de Francisco Queiroz, Analista do Itaú BBA, os últimos dias estão sendo de movimentos lateralizados para os preços do milho no mercado brasileiro. Essa estabilidade vem de uma queda de braços entre o câmbio e a Bolsa de Chicago (CBOT).
O Analista explica que, por um lado, as altas do dólar ante ao real estão sustentando os preços e deixando o milho brasileiro mais competitivo no mercado internacional, mas por outro, a pressão vinda de Chicago e da colheita da segunda safra do Brasil atuam para baixar as cotações no país.
Neste cenário, sem grandes alterações nos preços, a comercialização de milho no Brasil segue bastante atrasada. Queiroz destaca que apenas 35% da safra já foi vendida contra a média de 45% para este período do ano nas última 5 temporadas.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro finalizaram o pregão desta sexta-feira contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT), mas não conseguiram reverter as perdas acumuladas ao longo da semana.
O vencimento setembro/25 foi cotado à US$ 3,86 com elevação de 4,50 pontos, o dezembro/24 valeu US$ 4,03 com alta de 4,75 pontos, o março/25 foi negociado por US$ 4,20 com ganho de 5,50 pontos e o maio/25 teve valor de US$ 4,32 com valorização de 5,75 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (01), de 1,18% para o setembro/24, de 1,19% para o dezembro/24, de 1,32% para o março/25 e de 1,35% para o maio/25.
Já no acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram quedas de 2,03% para o setembro/24, de 1,65% para o dezembro/24, de 0,88% para o março/25 e de 0,69% para o maio/25, em relação ao fechamento da última sexta-feira (26).
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho fizeram incursões moderadas após uma rodada de compras técnicas na sexta-feira, enquanto os traders desfizeram uma parte de sua grande posição vendida.
“Os preços dos grãos tiveram algum alívio na sexta-feira, em parte devido à compra de barganha, já que os preços permanecem próximos das mínimas de vários anos. No entanto, uma liquidação em Wall St. fez com que alguns novos investidores entrassem na briga, se envolvendo em algumas compras técnicas hoje”, aponta Ben Potter, analista da Farm Futures.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) relatou que os EUA usaram 442,3 milhões de bushels de milho para gerar etanol em junho, o que é um pouco maior do que os volumes do ano passado de 442,1 milhões de bushels.