Há 45 anos, no dia 5 de julho, de 1979, a Fiat revolucionou a indústria automotiva mundial com o lançamento do Fiat 147, o primeiro carro movido a etanol produzido em série no mundo. Saído do Polo Automotivo de Betim, em Minas Gerais, este veículo inovador não só marcou a engenharia automotiva brasileira como também consolidou e popularizou o consumo de álcool combustível no país, trazendo inúmeros benefícios para a região Nordeste, tradicional produtora deste insumo.
Carinhosamente apelidado de “Cachacinha” devido ao odor característico exalado pelo escapamento, o Fiat 147 foi um precursor na engenharia automotiva brasileira, promovendo o desenvolvimento de tecnologias para veículos mais eficientes e menos poluentes. Atualmente, a gasolina vendida no Brasil contém 27,5% de álcool anidro, refletindo a continuidade desse legado.
A origem e o desenvolvimento do Fiat 147 a etanol
A primeira aparição oficial do Fiat 147 movido a etanol foi no Salão do Automóvel de São Paulo em 1976, onde a Fiat apresentou um protótipo com milhares de quilômetros rodados. Em 1977, o modelo passou por aprimoramentos técnicos e novas unidades foram submetidas a testes rigorosos.
Além da inovação tecnológica, o Fiat 147 destacou-se por sua contribuição ao meio ambiente. Na época, o uso do etanol como combustível alternativo representou uma solução sustentável para os desafios energéticos e ambientais enfrentados pelo mundo. A introdução do 147 movido a etanol foi um passo importante para a popularização dos biocombustíveis e para a redução das emissões de gases poluentes.
O impacto do Fiat 147 transcendeu as fronteiras brasileiras, despertando interesse internacional e inspirando outros fabricantes a explorarem o uso do etanol em veículos. O sucesso do 147 consolidou o Brasil como líder na produção de carros a etanol e impulsionou o desenvolvimento de uma infraestrutura robusta para a distribuição do combustível em todo o país.