POSIÇÃO
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“[Ele] aguarda revogação da prisão pata retornar e poder contribuir com a investigação, ja que ele nunca foi chamado a ser ouvido”
Publicado em: 27/11/2023 15:34
O ex-presidente do DEM (hoje União Brasil, após fusão com o PSL) de Anápolis, Carlos César Savastano Toledo, o Cacai, está foragido desde decreto da Justiça para que ele fosse preso, em 16 de novembro. Indiciado na última sexta-feira (24), junto com dez policiais militares, pela morte de Fábio Alves Escobar Cavalcante, ocorrida em junho de 2021, a defesa do político afirma que ele irá se apresentar após a revogação da prisão.
Ao Mais Goiáso advogado Pedro Paulo de Medeiros informou ao ser questionado se Cacai se entregaria: “[Ele] aguarda revogação da prisão pata retornar e poder contribuir com a investigação, ja que ele nunca foi chamado a ser ouvido.”
Além de Escobar, outras sete pessoas também foram mortas. Conforme investigação, Cacai seria mandante dos crimes e oito, dos dez PMs, teriam participado dos homicídios. Vale citar, a Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) enviou, na última sexta-feira (24), o relatório final da investigação à 1ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis.
À época do decreto de prisão, o advogado do acusado, Pedro Paulo de Medeiros, afirmou por nota que não havia qualquer elemento concreto contra o cliente dele e classificou a sentença como “absolutamente ilegal”. “Hoje tive acesso à investigação, que foi conduzida com base somente na ilação de um inimigo político. Após estudá-la, concluo que não há nenhum elemento concreto contra Carlos César Savastano Toledo. A sentença é absolutamente ilegal, pois não há nada que o ligue ao crime. Portanto, o pedido de prisão preventiva não é necessário e não se sustenta”, argumentou.
Em nova nota, a defesa reafirmou que, após longo período de discussões e pedido de medidas protetivas judiciais propostas contra Fábio Escobar, os dois já tinham se reconciliado, “conforme comprovado no inquérito por mensagens trocadas entre eles, não havendo motivo para Carlos querer qualquer mal a Fábio”.
Ainda segundo Pedro Paulo de Medeiros, o cliente dele confia na Justiça e na isenção das autoridades responsáveis pela investigação, “as quais certamente não protegerão qualquer possível interessado em fazer mal a Fábio nem perseguirão inocentes por motivação política ou para proteger terceiros. Carlos busca revogar sua injusta prisão preventiva, para que possa responder a essa acusação em liberdade, pois teme por sua integridade e sua vida caso seja inserido no sistema prisional, sendo que seu temor se deve aos acontecimentos ocorridos após o falecimento de Fábio”.