O agronegócio brasileiro segue em destaque com avanços e desafios, conforme as notícias de hoje. A safra 2024/25 de grãos avança, com a colheita de soja atingindo 97,7% da área plantada e a de milho (primeira safra) alcançando 73,3%, conquistada por Santa Catarina (98%) e Bahia (94%). Apesar do progresso, os produtores enfrentam pressão de preços devido à alta oferta e colheita fluida, com muitos optando por vendas no mercado spot, enquanto outros aguardam melhores cotações.
No mercado internacional, a soja brasileira ganha espaço na China, que planeja reduzir o uso de farelo de soja em ração animal para 10% até 2030, enquanto aumenta as importações do Brasil em meio a prejuízos comerciais com os EUA. Um possível acordo comercial entre EUA e China é visto como cenário desfavorável ao Brasil, segundo análises do setor.
Climaticamente, o país enfrenta desafios. Um bloqueio atmosférico reduz a umidade em algumas regiões, enquanto chuvas no Paraguai e na Bolívia trazem instabilidades ao Sul e Centro-Oeste. No Rio Grande do Sul, os produtores protestam contra a falta de assistência após tragédias climáticas, sinalizando paralisações.
Na tecnologia, a Agrishow 2025, realizada em Ribeirão Preto (SP), alcançou R$ 14,6 bilhões em interesses de negócios, destacando inovações como drones, robôs agrícolas e soluções sustentáveis. A feira reforçou a importância de tecnologias para produtividade e sustentabilidade, com foco em culturas como soja, milho, café e cana-de-açúcar.
Na pecuária, a exportação de carne suína para a Coreia do Sul sem tarifas foi comemorada, enquanto pesquisas buscam reduzir emissões de gases e parasitas que causam prejuízos bilionários. Além disso, o cultivo de arroz e feijão se estabilizou, garantindo esses alimentos na dieta brasileira após anos de perda de área para soja e milho.
Por fim, o setor enfrenta incertezas com a guerra comercial global e a necessidade de mão de obra comprometida para operar máquinas avançadas. A ampliação da internet no campo e a rastreabilidade de bovinos também estão em pauta, com iniciativas do governo para fortalecer a segurança e abertura de mercados.
O agronegócio brasileiro segue como pilar econômico, mas precisa superar desafios climáticos, comerciais e estruturais para manter sua competitividade.
