A família de Arthur Rocha, de 5 anos, denuncia negligência médica após a morte do garoto em decorrência de H1N1. A prima do menino, Geovanna Rocha, diz que os médicos mandaram a criança de volta para casa sem fazer exames.

“Claro que quando chega o dia não tem como, mas a morte do nosso tutu (apelido carinho de Arthur) poderia ter sido evitada sim se os médicos não tivessem mandado ele para casa desde o primeiro dia de consulta. Ele foi ao médico na sexta e no sábado e os médicos mandaram ele embora as duas vezes. E na segunda-feira, pela última vez tentando uma ajuda médica, ele faleceu”, desabafou Geovanna.

Geovanna também criticou a falta de exames durante as consultas médicas. “Os irresponsáveis não fizeram um teste sequer nele. Só mandaram para casa sem fazer sequer um exame. E aí, quando entraram com os medicamentos corretos lá no hospital, já era tarde demais”, afirmou.

Segundo ela, os pais de Arthur sempre foram cuidadosos com a saúde do menino, que nunca havia adoecido de forma grave ao ponto de precisar de internação. ” A mãe e o pai faziam de tudo por ele. E isso tudo sendo médicos particulares porque ele tinha plano. Nossa família está só o caco, só pensando em como será a vida agora sem nossa alegria de todos os dias”, lamentou.

Surto em escola

Arthur foi uma das vítimas do surto de H1N1 registrado na escola onde estudava em Aparecida de Goiânia, que já contabiliza 25 casos positivos da doença. A situação começou após uma festa realizada em comemoração ao Dia das Crianças na última quinta-feira (10). Na sequência, pais começaram a relatar sintomas nos filhos e no sábado (12), foi confirmado que um aluno estava internado na UTI devido ao vírus.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais no dia 16 de outubro, a diretora da unidade escolar, Moema Davis, fez um apelo à comunidade: “Isso aqui é sério! Isso aqui não é só uma gripezinha! Se seu filho está gripado não mande para escola… Isso aqui é um surto de Influenza e Influenza mata!”, destacou. A diretora informou que a Vigilância Sanitária já esteve na escola e que as aulas foram suspensas para evitar novos casos.

Para Geovanna, o que resta à família é a esperança de que a morte do primo sirva como um alerta sobre a gravidade da H1N1: “Infelizmente Deus quiser usar a morte dele para alertar as pessoas sobre essa doença”.

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