Após um longo período de estiagem, considerado, inclusive, mais severo que no ano de 2023, Goiás já tem uma data para o retorno das chuvas. O prognóstico traz a expectativa de alívio para o tempo seco e também para a redução das queimadas.

Segundo André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a próxima precipitação poderá ocorrer no dia 15 de setembro – em cerca de duas semanas.

“Por enquanto, não temos um prognóstico preciso de chuvas, mas já podemos confirmar uma expectativa para o dia 15 de setembro. A partir de outubro deverão chegar as chuvas intermediárias, por enquanto, serão apenas casos isolados”, explicou.

As chuvas, por mais que ainda sejam escassas, devem trazer uma trégua para a grande ocorrência de incêndios em todo o estado. Ainda segundo o meteorólogo, algumas regiões de Goiás chegaram a enfrentar 135 dias de estiagem, enquanto outras estão na faixa dos 125 dias.

“Especialmente na região Leste, a seca foi mais acentuada, chegando nessa marca dos 135 dias. Já a região que teve as últimas chuvas, e deve voltar a tê-las primeiro, foi a Sudoeste. Em comparação com 2023, esse ano realmente teve um período mais longo sem chuvas”, complementou.

Questionado sobre a nuvem de fumaça, que incomodou os goianos e afetou diversas partes do país, teve alguma influência sobre a menor ocorrência de chuvas, André diz que não haveria nenhuma relação entre as duas coisas, de modo que as queimadas não afetaram diretamente o retorno das chuvas.

“As queimadas e as fumaças não interferem nas chuvas, nem atrasando e nem adiantando. Agora o contrário acontece, de modo que as chuvas devem reduzir a quantidade de resíduos no ar, e também apagar e evitar a ocorrência de novos incêndios”, finalizou o especialista.

Em tempo

No sábado (31), todas as regiões do estado terão o predomínio do sol, com as temperaturas subindo e a umidade do ar declinando. Em Goiânia, as máximas chegam aos 33 °C, enquanto as mínimas vão até os 17 °C. Em Anápolis, a máxima não sobe tanto, chegando aos 33 ° C, enquanto as máximas alcançam os 16 °C.

Já a umidade do ar segue em alerta, variando entre 16% e 60%. Portanto, é importante fazer o consumo abundante de água, evitar a exposição ao sol em excesso e observar possíveis sinais de ressecamento e desidratação do organismo – recomendação que deve seguir sendo necessária até o efetivo retorno das chuvas.

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