O número de casos de micoses causadas pelo fungo Trichophyton tonsurans no couro cabeludo tem crescido a números alarmante sem vários lugares do mundo e a principal suspeita é que o microrganismo esteja sendo transmitido em barbearias.
Só na Argentina, o número de casos mais do que triplicou. E no Reino Unido as ocorrências também aumentam drasticamente. Segundo o jornal argentino Clarín, o problema é caracterizado pela queda de cabelo em uma área do couro cabeludo. No lugar dos fios, surge uma lesão de formato redondo, que descama e, às vezes, causa coceira.
O fungo é transmitido de humano para humano. Quando dermatologistas fazem questionamentos aos seus pacientes em busca de entender como aquela micose começou, a ida a uma barbearia tem sido uma resposta comum. Quando o paciente não foi ao estabelecimento cortar o cabelo, alguém bem próximo frequentou o espaço.
Os especialistas alertam que a falta de higienização adequada dos objetos usados nas barbearias — como máquinas de cortar cabelo, tesouras e pentes — pode estar causando a transmissão do fungo.
As lesões que começam no couro cabeludo podem se espalhar para outras partes do corpo. E o fungo pode ser transmitido por pessoas próximas. Por exemplo, dermatologistas estão atendendo meninas que não frequentaram barbearias, mas que tiveram contato com seus irmãos que foram ao espaço cortar o cabelo.
A recomendação dos especialistas é que se escolha barbearias que cumpram processos de higienização dos itens que são usados por mais de um cliente.
Tratamento de fungos transmitidos em barbearias
O tratamento para a micose causada pelo fungo Trichophyton tonsurans é feito por meio remédios orais e cremes tópicos. É possível também usar um shampoo que ajuda a diminuir o risco de contágio.
Os especialistas recomendam não compartilhar pentes ou aparadores de cabelo ou barba durante o tratamento.
Fonte: O Globo