Depois do frio, Goiás deve iniciar a semana com uma onda de calor que também atingirá os estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, conforme prevê o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas (Cimehgo). A alteração atmosférica afetará, principalmente, as regiões oeste e sudoeste.

Além da elevação da temperatura, a umidade relativa do ar deve cair drasticamente durante as tardes no estado, podendo chegar a 14%. Na capital, Goiânia, se espera predomínio de sol, com a temperatura máxima alcançando 36ºC. A umidade relativa do ar deverá variar entre 14% e 60%.

O alerta meteorológico, divulgado no domingo, 18, reforça ainda a necessidade de atenção redobrada devido à combinação de altas temperaturas e baixa umidade, que poderá resultar em condições de tempo seco severo. Segundo o gerente do Cimehgo, André Amorim, a população deve se preparar para um período de calor intenso, com o risco da umidade relativa do ar atingir níveis críticos.

“Em cidades como Aragarças, Aruanã, Barra do Garças, Bandeirantes, São Miguel do Araguaia e Luiz Alves, as temperaturas devem alcançar picos de até 40 graus. Esse calor extremo pode causar desconforto térmico significativo para a população. Por isso, é essencial que as pessoas se mantenham hidratadas e evitem a exposição ao sol, especialmente durante as horas mais quentes da tarde”, destaca André.

Risco de queimadas

Amorim alerta que os fatores climáticos também influenciam as queimadas nas unidades de conservação, que ficam vulneráveis durante a estiagem. “É importante lembrar que, neste período, a maioria dos incêndios é provocada, o que ressalta a necessidade de uma consciência ambiental para evitar a propagação dessas práticas, que são danosas tanto para as cidades quanto para o campo e as unidades de conservação”, diz.

Nesta semana, um incêndio afetou uma área estimada de 411 hectares do Bloco Ipê no Parque Estadual João Leite e no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco. As chamas, que tiveram início no dia 12, foram controladas na última sexta-feira, 16, pelo Corpo de Bombeiros e brigadistas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad).

Outro fator preocupante são os mananciais, que devem continuar com níveis gradualmente mais baixos devido à falta de chuvas. As estações hidrológicas que monitoram o rio Araguaia em Aragarças, Aruanã e Nova Crixás (Bandeirantes) indicam que, embora os níveis dos rios estejam caindo, ainda estão dentro do esperado, exceto em Bandeirantes, onde o rio Araguaia atingiu níveis mínimos históricos.

Em Aragarças, o rio Caiapó está prestes a sair da faixa considerada normal, podendo alcançar níveis historicamente baixos. Em Montes Claros de Goiás, o rio Claro está no limite da normalidade, mas longe dos níveis mínimos já registrados.

O rio Paranã, monitorado em Formosa, Flores de Goiás e Nova Roma, está dentro do esperado, exceto em Formosa, onde os níveis já caíram abaixo da mínima histórica. Em Uruana, o rio Uru está próximo ao limite da normalidade, mas já abaixo da média.

No rio Vermelho, na Cidade de Goiás, as cotas estão abaixo da média tanto acima quanto abaixo da cidade. Acima, os níveis estão ligeiramente abaixo do normal; abaixo, ainda dentro da normalidade. No entanto, em Matrinchã, o rio Vermelho está registrando níveis mínimos históricos.

O rio Meia Ponte, monitorado em Goiânia, também mostra queda nos níveis, mas ainda dentro da faixa normal. Já em Valparaíso de Goiás, o rio Saia Velha permanece dentro da normalidade e acima da média.

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