Cerca de 63 alunos de colégios militares de Goiás podem ser expulsos do sistema de ensino militar por estarem envolvidos em um esquema de desvio do programa “Bolsa-Uniforme”, implementado para auxiliar na compra de fardas. Um empresário credenciado pelo Estado e uma mulher apontada como aliciadora dos menores foram presos na terça-feira (29).
Segundo a coordenadora do Comando de Ensino da Polícia Militar de Goiás (CEPMGO), tenente-coronel Querén Lelles, um conselho foi instaurado para avaliar quais serão as penalidades dos alunos. Em uma coletiva de imprensa, ela ressaltou que os estudantes não serão deixados sem estudo, mas podem ser transferidos para outras escolas públicas, sem acesso ao programa.
Conforme apuração, o programa destina R$ 970 por ano para cerca de 74 mil estudantes de colégios militares. O empresário ficava com cerca de R$ 250 de cada transação, enquanto a mulher recebia R$ 50. Os alunos recebiam a quantia de R$ 670 que eram transferidos via PIX. Com os suspeitos, a polícia apreendeu 63 cartões. O prejuízo é estimado em R$ 200 mil.
As investigações começaram após os funcionários dos colégios militares perceberem que alguns estudantes continuavam utilizando uniformes antigos, apesar do recurso.
O comandante-geral da PM, coronel Marcelo Granja, explicou que a corporação possui um regimento interno para fiscalizar o uso dos uniformes e a aquisição das novas vestimentas. De acordo com ele, há indícios de que até mesmo pais dos alunos possam estar envolvidos no esquema.
Conduzida pela Polícia Civil, a investigação conitnua para identificar mais envolvidos na fraude.
Fonte: Mais Goias