Atos contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e a anistia mobilizaram milhares de cidadãos às ruas em Goiânia, neste domingo, 21. A concentração aconteceu na Praça Universitária, a partir das 16h e os manifestantes desceram a Rua 10 sentido Praça Cívica, às 18h. A PEC, que foi aprovada na Câmara dos Deputados na última terça-feira,16, dificulta a abertura de processos criminais contra parlamentares e também é alvo de críticas por uma proposta de anistia para condenados por tentativa de Golpe de Estado.
Diversos artistas goianos estiveram presente na mobilização e um deles falou com o Jornal Opção. “É um movimento super importante e necessário. Acho que a única saída pra gente é a rua. Estamos aqui para pedir mais seriedade aos nossos representantes, que só tem legislado em causa própria”, afirmou o músico Gilberto Correia.
A vendedora, Andressa Almeida, uniu a população para se manifestar porque na concepção dela é preciso blindar o Brasil. “Nosso país está na mão do Congresso, que é inimigo do povo e eu como trabalhadora estou aqui, também contra a escala 6X1. Sou mãe e o pouco tempo que tenho eu estudo e quero mudar a história e garantir um futuro melhor para a minha filha”.
Lideranças políticas
Líderes da UNE -União Nacional dos Estudantes, por meio de representantes locais, da UP – União Popular e representantes da sociedade na Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa e de oposição na Câmara dos Deputados estiveram na manifestação com a população de Goiânia.
Para o vereador, Fabrício Rosa (PT), a mobilização é fundamental para enfrentar toda forma de impunidade. “A PEC da Anistia nada mais é que uma forma de impunidade daqueles que afrontaram, ameaçaram e agrediram a democracia. A PEC da Blindagem nada mais é que uma PEC da roubalheira. Político não tem que ter privilégio, não tem que ter foro privilegiado, quanto mais esse tipo de blindagem”, enfatiza.
Sobre a votação da PEC da Blindagem no Senado, o ex-deputado estadual, Fábio Tokarski (PC do B) acredita que ela não será nem colocada em votação. “Diante do levante que está acontecendo em todo o Brasil, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, David Alcolumbre não vai apreciar. E ele tem o apoio popular e força para isso”, complementa.

