A partir da próxima sexta-feira (1º) o Pix passará por uma importante mudança em todo o território nacional, visando proporcionar maior segurança aos usuários e limitando os valores que podem ser movimentados.
Com a nova regra, as transações terão um limite de R$ 200 por vez, com um teto diário de até R$ 1 mil. Ao Portal 6, o especialista em cibersegurança Tiago Sabino destacou que essa alteração valerá apenas para novos dispositivos; ou seja, se o usuário já utilizava o celular ou computador antes da mudança, não haverá com o que se preocupar.
“Agora, para quem for usar um aparelho novo e quiser movimentar valores maiores do que os limites, será necessário cadastrá-los nos aplicativos bancários”, explicou.
Segundo o especialista, essa medida tem o intuito de proteger os usuários, especialmente nos casos em que o criminoso consegue as credenciais de acesso da vítima e passa a retirar o maior valor possível.
Embora seja bastante útil, Tiago comentou que essa não é a primeira medida do Banco Central para fortalecer a segurança do Pix. Desde o lançamento do sistema, em outubro de 2020, várias alterações similares já ocorreram, como aquelas que limitam os valores de transferência dependendo do horário, estabelecem prazos de análise após a alteração de limites e aumentam a vigilância dos bancos em movimentações de alto valor.
“Hoje em dia, por exemplo, se alguém quiser fazer uma transferência muito alta, o dinheiro não sai da conta automaticamente; é necessário um intervalo de 30 minutos para a operação ser efetivada”, contou.
Além disso, ele destacou que, conforme dados do Serasa, jovens e idosos são as faixas da população que mais caem em golpes relacionados ao Pix. Se, por um lado, a terceira idade, maior vítima dos criminosos, costuma ser lesada pelo “parente pedindo dinheiro”, os mais jovens, de 18 a 29 anos, tendem a cair em fraudes justamente por estarem mais imersos no meio digital e não estranharem tanto as transações via Pix, consequentemente “baixando a guarda”.
Fonte: Agência Brasil