Um médico veterinário e o Centro de Zoonoses de Goiânia estão sendo investigados pela Polícia Civil por supostamente sacrificarem animais saudáveis na capital goiana. De acordo com as autoridades, dois cães foram sacrificados sem justificativa legal em maio deste ano.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde declarou que todas as eutanásias realizadas seguem rigorosamente a lei, ocorrendo apenas em casos de doenças graves, males incuráveis ou doenças infectocontagiosas que representem risco à saúde humana. Além disso, a secretaria afirmou que os profissionais envolvidos seguem as recomendações técnicas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária.

Na última terça-feira (2), policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão na residência do veterinário investigado e na Diretoria de Vigilância em Zoonoses de Goiânia. Segundo a delegada Simelli Lemes, responsável pelo caso, um dos cães sacrificados foi levado ao centro pela própria tutora, que pediu a eutanásia após ser mordida.

“São duas eutanásias que a gente tem conhecimento que ocorreram no dia 9 de maio deste ano. Uma delas, foi de um animal com a tutora, que chegou alegando que tinha sido mordida, concordou com a eutanásia e isso foi feito no mesmo dia, o que está em desacordo com a legislação, é proibido e considerado crime de maus-tratos”, explicou a delegada.

No segundo caso, um animal foi recolhido da rua pelo centro de zoonoses para observação após ter mordido uma pessoa. No entanto, a investigação revelou que o cão também foi sacrificado no mesmo dia em que chegou ao centro.

A Polícia Civil apreendeu documentos, medicamentos e outros objetos que podem ajudar a esclarecer o crime e verificar a existência de outras práticas ilícitas. A investigação também revelou indícios de manipulação parcial nos registros oficiais do órgão, sugerindo uma tentativa de encobrir os crimes.

Se condenado pelo crime de maus-tratos a animais, o médico veterinário poderá enfrentar uma pena de até cinco anos de prisão.

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