Neste domingo (27), o Fantástico, da TV Globo exibiu uma reportagem que denunciou a venda de garrafas de água doadas aos moradores do Rio Grande do Sul. Nas imagens, um homem de 47 anos tentava lucrar sob os materiais doados. Segundo a reportagem, as garrafas de água mineral foram doadas por um grupo de comerciantes e de produtores rurais da cidade de Piranhas, em Goiás, onde Guilherme viveu até se mudar para Canoas (RS) em 2023.

Com a mercadoria em mãos, o homem identificado como Guilherme Ferreira de Souza ofereceu para a dona de uma distribuidora de águas. “Comecei a instigar para ter certeza mesmo que era de doação e fiquei chocada. Imagina, vendendo água de doação, que era para ajudar o povo”, explicou a empresária, que não teve a identidade revelada. Com a denúncia, a reportagem chegou a fingir que tinha interesse em comprar as águas.

Ao confrontar o homem, a equipe questionou sobre a venda de doações destinadas ao Rio Grande do Sul. Inicialmente, ele se justificou e disse que “não autorizava a reportagem”, depois alegou que ninguém “estava pegando” a água doada. Em outro trecho da reportagem, Guilherme admitiu que estava praticando um crime e derruba a câmera da equipe no chão.

 

“Admito que isso é um crime. Eu preciso desocupar o galpão, o caminhão não é meu, eu preciso pagá-lo”, justificou Guilherme.

 

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul foi notificada sobre o ocorrido. Guilherme foi ouvido e liberado e a água foi distribuída em um centro da prefeitura de Canoas.

Calamidade no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul contabiliza 169 mortes provocadas pelas fortes chuvas e as enchentes que atingem o estado desde o fim de abril. Novo balanço divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul na manhã deste domingo (26) registra ainda 56 desaparecidos e mais 806 pessoas feridas em decorrência de eventos provocados pelo mau tempo.

Apesar das chuvas fortes terem dado uma trégua neste fim de semana, o lago Guaíba segue com nível acima dos 4 metros, um metro acima da cota de inundação que é de 3 metros. O mesmo ocorre com a Lagoa dos Patos, que se encontra com nível acima dos 2 metros, sendo que a cota de inundação é de 1,3 metro.

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