Israel confirmou que suas forças especiais entraram no hospital Nasser, na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Segundo as autoridades, há “informações confiáveis” de que os corpos dos reféns feitos em 7 de outubro estão no prédio.

“Realizamos operações de resgate precisas – como fizemos no passado – onde a nossa inteligência indica que os corpos dos reféns podem estar detidos”, diz um comunicado das lideranças militares israelenses.

De acordo com o país, há “informações confiáveis” de que o grupo extremista Hamas manteve reféns no hospital, os mataram e deixaram restos mortais.

Segundo o almirante Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, militares atuam em uma operação “precisa e limitada” dentro do hospital. E há a garantia de que médicos e pacientes não serão retirados à força.

Desde o início do conflito contra o Hamas, autoridades israelenses afirmam que hospitais e outros prédios civis são utilizados para proteger os combatentes inimigos.

Gaza acusa Israel de tiroteio

A invasão do hospital também foi confirmada pelo porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, Ashraf al-Qidra. Ele conta que houve uma “incursão massiva”, com tiroteios pesados. E que diversas pessoas lá dentro acabaram feridas.

Acusa também que militares israelenses deram ordens para transferência de pacientes a outra parte do prédio, onde não há equipamento próprio para cuidados médicos.

“Muitos não conseguem sair, como aqueles com amputações de membros inferiores, queimaduras graves ou idosos”, apontou Ashraf al-Qidra ao site da Al Jazeera. “A ocupação obriga a administração do Complexo Médico Nasser a manter os pacientes dos cuidados intensivos sem pessoal médico, o que coloca as suas vidas em grave perigo”.

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